Daniel Zuazo vence PL Omaha do BSOP SP e exalta jogo contra João Mathias: “ídolo máximo”

A forra do Amazonas no BSOP São Paulo não ficou apenas no Main Event. No torneio de Omaha, que recebeu 246 entradas, a vitória ficou com Daniel Zuazo, membro da Seleção Amazonense de Poker, que levou o prêmio principal de R$ 65.690.

Jogador desde 2005, ele levou o poker como o hobby até 2011, quando decidiu se dedicar aos estudos “Virou uma atividade paralela e hoje em dia tenho uma casa de poker em Manaus e jogo muito cash game e torneio”, contou. “Não sou regular do BSOP, já participei de uns seis ou sete, fiquei ITM na maioria, mas o melhor resultado foi essa cravada do Omaha.”

A qualidade dos adversários, incluindo Éder Ferronato, adversário no heads-up, deixou Daniel ainda mais orguhoso pela vitória. “Ainda mais em um field desse, que tem os melhores jogadores de Omaha do circuito, gente que está brigando pelo ranking como o Marcelinho [Mesqueu], nomes como o [Rafael] Caiaffa, Affif [Prado], enfim, dá uma satisfação grande”, contou. “Embora tenha muita gente que não jogue bem, quando afunila sempre tem os regulares, então fiquei muito satisfeito.”

Como a maioria dos jogadores, o início de Daniel no poker foi no No Limit Hold’em, mas logo o joguinho das quatro cartas se tornou o favorito. “É o que eu mais jogo, porque como tenho um clube de poker a gente joga muito cash game de Omaha”, explicou. “Sou nascido e criado no Hold’em, mas por causa da minha atividade acabo sendo obrigado a jogar mais Omaha do que Hold’em, então hoje é o que eu domino mais.”

A trajetória do campeão no torneio foi tranquila, sem grandes altos e baixos. Uma das mãos decisivas foi na mesa semifinal, quando ele acertou um flush no river e eliminou o craque Rodrigo Zidane. “A outra foi contra o Douglas [Zimmerman], uma situação em que eu tinha um draw gigante e ele tem dois pares, eu acho, e acabou batendo um dos meus outs”, revelou. “Na mesa final eliminei dois shorts, estava com muita ficha e acabei abraçando. A gente runnou e deu nisso, cheguei no heads-up com uma vantagem grande e foi tranquilo”.

Mesmo tendo sido campeão de um dos maiores torneios, ele diz que esse não foi a sua melhor experiência na etapa. “Eu joguei Omaha pela Seleção Amazonense e fiz dois heads-up, um com o Luiz Duarte, em que eu perdi em uma bad, ele sabe disso mas é meu parceiro e baralho é baralho”, contou. “Mas a maior experiência dessa etapa foi o heads-up que fiz com o João Mathias na segunda ronda do PLO do CBPE.”

A experiência de enfrentar um de seus ídolos do poker vai ficar marcada para sempre na memória do campeão. “Elle começou com vantagem, eu consegui reverter, fiquei com uma boa vantagem, mas ele ajustou o jogo, reverteu de volta e acabou ganhando”, contou. “Ele é ídolo máximo no poker para mim, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido nessa etapa jogar um heads-up e ele sabe disso”, contou. “Um abraço para ele até, trocamos uma ideia depois, é gente finíssima, foi mágico.”