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Tá na Mão Online com Ramon Kropmanns
Tá na Mão Online com Ramon Kropmanns

Na semana passada (3), Ramon Kropmanns faturou o título do The Venom e recebeu a gigantesca forra de US$ 1.113.300, o terceiro maior prêmio de um brasileiro no poker online. O heads-up foi contra o craque Yuri Martins.

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Como era esperado, o duelo foi muito disputado, durando cerca de uma hora. Uma das mãos cruciais para o título do curitibano foi um blefe em um board todo conectado.

O jogador acertou o flop em cheio, mas no turn e river a situação só piorou. Apesar disso, o profissional não titubeou ao receber um raise do oponente e colocou todas as fichas no centro da mesa. Yuri, até chegou a pensar por alguns instantes, mas optou por largar a mão.

Assista à ação completa e depois a explicação de Ramon Kropmanns:

“O Yuri abre e eu defendo com meu A6o e já faço dois pares no flop. Eu dou check e meu adversário também, acredito que quando ele faz isso possui algumas mãos de valores medianos e acho meio estranho ele dar raise e não c-betar esse board, pensei que faria isso, mas como não aconteceu, excluo muita mão com backdoor, pois c-betaria e isso foi um fator essencial para minha ação no river.

O turn abriu o flush draw em copas e eu aposto alto, cerca de 75% do pote. Ele só dá call e no river vem a decisão, pois completa um straight e também um possível flush.

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Eu não sabia e até agora não sei qual o melhor size para usar nessa situação, tenho a intuição que devo betar, mas não sabia se fazia uma block bet, um terço ou meio pote. Escolhi a última opção, mas antes de eu betar eu já havia pensado, se eu betar e ele der raise, eu posso shovar. Fui preparado se isso acontecesse, imaginei que isso aconteceria em uma frequência baixa, mas fiz uma rota mental que isso poderia acontecer.

Apostei meio pote e ele colou 32 blinds no centro da mesa, deixando 30 para trás. Eu basicamente excluo flush da mão dele, pelo menos com high cards, porque essas mãos com backdoor ele betaria flop. Creio que ele tem alguns oitos no range e até mesmo J8 em paus que não c-betou.

Optei pelo shove, porque sei que ele é capaz de largar os oitos, o próprio J8 e flushes baixos. Eu também tenho pouco blefe nesse spot, não shovo nenhum oito, nem J8 e flush que não seja o nuts. O A6, que passou de valor no flop para blocking bet no turn e blefe no river, flutuei aí com essa mão. Ele deu quase instafold e eu puxei um pote importante”.

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