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Fedor Holz aposentou no auge, mas voltou destruindo
Fedor Holz aposentou no auge, mas voltou destruindo

Em uma das decisões mais surpreendentes do poker nos últimos, Fedor Holz anunciou que iria se aposentar do poker profissional no auge da carreira. O alemão tinha apenas 22 anos, estava em plena evidência no cenário e tinha acabado de conquistar seu primeiro bracelete da WSOP, que veio junto com um prêmio de quase US$ 5 milhões. Mas por que Holz tomou essa decisão?

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Em entrevista no canal da argentina Pamela Balzano, a “Pamsi”, o craque falou mais sobre esse momento da sua vida e os três anos seguintes, nos quais pouco jogou. “Foi ótimo, eu joguei um pouco, mas não intensivamente”, disse. “Eu estava principalmente focado nas empresas que estava construindo e investindo, sendo empreendedor. Acho que depois de jogar poker demais, eu precisava disso”.

Fedor Holz campeão do High Roller One for Drop
Bracelete na WSOP foi o auge da carreira de Holz

Holz contou que não sentia mais tanto prazer no jogo. “Eu jogava muito quando não queria. Eu podia sentir que estava ficando desgastado. Naquele momento, eu estava muito bem sucedido financeiramente, tinha bons resultados, mas quando voltei da WSOP estava cansado. Eu não queria jogar mais um dia, e isso era um problema, porque se eu tenho uma boa performance, mas não gosto do que estou fazendo, não posso continuar assim”.

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O alemão revelou que iria voltar às mesas apenas quando tivesse vontade, o que pouco aconteceu de 2017 a 2019. “Joguei alguns eventos live e online, mas não muito. Em 2020, por causa do Coronavirus e do PokerCode, comecei a jogar novamente”. “Pamsi” também perguntou se o sucesso recente havia limitado a motivação do jogador, o que Holz concordou. “Definitivamente foi algo que percebi. É mais importante, para mim, sentir-me desafiado, gostar do que faço. Acho que fiquei tão bom tão rápido por causa disso, porque realmente gostava, nunca tinha que me forçar a estudar ou jogar.”

O calendário constante de viagens também começou a pesar na motivação do craque. “Eu nunca estava em casa, não parava e pensei ‘por que estou fazendo isso? Por que estou aqui sentado se não quero estar’. Então essa motivação intrínseca, de realmente gostar, me desafiar, sentir meu cérebro trabalhando, isso é muito importante para mim”.

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Hoje com 27 anos, o currículo do alemão é incontestável. São mais de US$ 32,5 milhões em prêmios ao vivo, de acordo com o HendonMob, e quase US$ 11 milhões em resultados nos feltros virtuais, segundo o PocketFives. No ano passado, quando voltou de forma mais frequente às mesas, precisou de apenas 24h para chegar a três heads-ups e faturar US$ 1,8 milhão em prêmios.

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