Luiz Fernando Laux teve o primeiro contato com o poker há quase 15 anos. Nesse período, teve diversos altose baixos no esporte da mente. Desde freerolls passando a prêmios de cinco dígitos no poker online e três anos morandos nos Estados Unidos, o paulista, mas catarinense de coração, parece ter se encontrado no PLO 5 cartas.
“Tenho 35 anos e já trabalhei em algumas áreas diferentes”, contou Luiz ao SuperPoker. “Já fui professor particular de inglês, e também coach de crossfit durante alguns anos.” O crossfit passou a ser seu foco após sofrer com o controle emocional nas mesas. “Tive que amadurecer muito nesse aspecto”, explicou. “E justamente por isso, não me enxergava jogando profissionalmente por muito mais tempo. Realmente era bastante taxativo emocionalmente para mim. Com o passar dos anos, tive oportunidade de comprar meu apartamento e trocar meu carro, que eram ‘sonhos meus’. Após isso, resolvi deixar o poker de lado”.
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No entanto, a pandemia de Covid-19 foi muito danosa para a nova área, e Luiz decidiu dar mais uma chance ao jogo. “Vi um anúncio que o Royal Five, time de PLO5 do Ivan Santana e Cícero Moreau, estava com o processo seletivo aberto”, relembrou. “Resolvi me inscrever, mesmo sabendo que provavelmente não seria chamado. Acabou que eu estava errado, e fui chamado pelo Ivan. Fiz a entrevista e, por não ter experiência prévia em PLO5, fui chamado pra começar no time no limite mais baixo possível do PPPoker, que é a R$ 0,10/R$ 0,20. E assim começou minha trajetória no time.”
Nunca antes tendo feito parte de um time, Luiz pela primeira vez teve acesso a aulas regulares e à parte mais teórica do jogo, se aprofundando na estratégia. Os resultados surgiram rapidamente, e o jogador subiu os limites de forma relâmpago. “Como eu sou 100% interessado em melhorar, e o time proporcionava muito material de estudo, mergulhei de cabeça tanto nos estudos quanto no grind em si”, disse. “Tive uma ascensão bem rápida mesmo, nem eu imaginava que seria desse jeito. Acabei passando em média entre 1 a 2 semanas por limite e fui atingindo os pré-requisitos para o move up de forma gradual, até chegar na R$ 10/ R$ 20, que é o limite que jogo atualmente.”
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Para o profissional, a modalidade, que cresceu em popularidade nos últimos anos, deve seguir em ascensão. “Acredito que o PLO5 ainda tem muito a crescer, é um jogo super dinâmico e um pouco menos predatório do que o NLHE, onde um recreativo consegue ter um pouco mais de jogabilidade enfrentando um reg”, opinou. “Por ainda não existir um solver de PLO5, temos um bom tempo pela frente de mesas boas para todos os envolvidos.”
Os agradecimentos pela ajuda no processo ficaram com o time, é claro, e com a namorada, Bruna, fundamental na caminhada. “[Ivan e Cícero] são caras sensacionais, que tem um conhecimento teórico do jogo absurdo, e proporcionam um ambiente super confortável para que eu possa focar em melhorar. Isso aliado ao meu próprio interesse em aprender cada vez mais, fez toda a diferença na minha trajetória. Também tenho muito a agradecer aos meus companheiros de time, que sempre estiveram do meu lado, tanto pra fazer um review de mãos, quanto no apoio emocional mesmo. E por fim, minha rocha off-poker, que é minha namorada, Bruna Linck. Essa aí, coitada, esteve do meu lado durante muitos altos e baixos e sempre me apoiou, nunca deixou eu duvidar de mim mesmo, por isso tenho muito a agradecer a ela também.”
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A caminhada está longe do fim. Luiz quer seguir melhorando no jogo e na carreira, mas evita definir objetivos concretos. “Eu prefiro tentar controlar o que posso, que é minha dedicação ao jogo e aos estudos”, explicou. “Pretendo seguir tentando melhorar em todos os aspectos possíveis, e com isso, ver até onde consigo chegar. Claro que almejo chegar bem longe, mas não tenho metas que envolvem valores ou datas. E quero curtir o processo, como tenho feito até hoje.”
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