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Rafael Moraes se tornou uma referência no cenário do poker
Rafael Moraes se tornou uma referência no cenário do poker

Rafael Moraes é hoje reconhecido, sem discussão, como um dos maiores nomes do poker latino-americano. Com bons resultados tanto nos torneios ao vivo quanto online, além das centenas de pessoas que já ensinou no 4bet Poker Team, virou referência na área. Nesta segunda-feira (15), ele falará sobre sua trajetória na participação no Flow Podcast, junto a Devanir Campos. Nesse caminho, no entanto, o Brasil pode ter perdido um grande jogadores de xadrez. Foi em um torneio do outro esporte da mente que Moraes teve seu primeiro contato com o poker.

Em um claro caso de amor à primeira vista, o paulista seguiu os passos de outros nomes do poker que vieram do tabuleiro. “Muitos jogadores profissionais de xadrez começaram a migrar para o poker, porque dava uma grana legal, e os caras ficaram bons rápido”, contou em entrevista ao SuperPoker. “Um deles inclusive é o Fernando Viana, hoje meu aluno no 4bet. Eu estava num torneio de xadrez ao vivo e depois que acabou a rodada eles começaram a montar um torneio de poker, com as fichas sendo as peças de xadrez”.

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Em suas aventuras em torneios de poker online, conheceu Thiago Crema, que se tornaria seu grande amigo e sócio durante a jornada. A evolução de ambos levou à tentativa de se tornarem profissionais. “Começamos a conseguir uns prêmios bem interessantes e comecei a construir meu bankroll, juntei ali cinco, seis mil dólares e ganhava regularmente US$ 500, US$ 1000 por mês”, contou Moraes. “Percebi realmente que eu tinha talento e chance de me tornar um profissional de poker efetivamente. Depois que eu entrei o 4bet acabou, foquei completamente no poker e estou nessa até hoje.”

Thiago Crema e Rafael Moraes são sócios e grandes amigos
Thiago Crema e Rafael Moraes são sócios e grandes amigos

Em uma carreira vitoriosa com mais de US$ 1,6 milhão em premiações ao vivo e quase US$ 6 milhões no online, uma conquista em especial marca até hoje o craque e entrou até para o Guinness Book. “O título do Venom, no qual eu me tornei o primeiro brasileiro a ganhar US$ 1 milhão em um torneio online”, relembrou. “Foi bizarro, queria que todo mundo tivesse a oportunidade de sentir um pouquinho do que senti, uma sensação bizarra. Uma dose de adrenalina cavalar, eu não dormi depois de ganhar, fiquei horas e horas acordado. Um monte de gente, comemoração, passa um filme na sua cabeça, quatro dias de torneio, foi incrível. E a redenção com um prêmio daquele tamanho né?”

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Recentemente, veio um novo desafio na carreira, e Moraes começou a atuar também como streamer de poker na Twitch, representando a FURIA, organização de eSports da qual é sócio e que conta com patrocínio do PokerStars. “Se você falasse pra mim, há um ano, que eu viraria streamer de poker, eu daria risada da sua cara (risos)”, brincou. “O mundo dá voltas, ele não gira, capota. Hoje posso me considerar streamer, pelo menos uma vez por semana transmito jogando torneios de poker. É algo que estou adorando e um mundo novo para mim, que estou desbravando. Estou muito feliz que deu certo essa parceria com a FURIA e o PokerStars, que está sendo muito legal.”

Para esta segunda-feira, na participação no Flow Podcast, Moraes espera poder mostrar para um grande público não só sua trajetória, mas o cenário do poker em geral. “Acho que vai ser um marco mesmo, mais um, para o poker em si. Vamos realmente para o mainstream, um podcast com repercussão nacional, com 500, 600 mil visualizações únicas, é muita coisa. Eu sinto uma responsabilidade muito grande e uma felicidade imensa de estar representando um cenário que eu batalhei tanto para ver crescer.”

Rafael Moraes vence all in triplo no Main Event do EPT Online
Rafael Moraes vibra muito em suas transmissões na Twitch
Confira a entrevista completa com o craque
Como foi seu primeiro contato com o poker?

Meu primeiro contato foi num torneio de xadrez. Como a maioria das pessoas que me acompanham sabe, eu antes de jogar poker jogava xadrez semi-profissionalmente. Nesse meio tempo, muitos jogadores profissionais de xadrez começaram a migrar para o poker, porque dava uma grana legal e os caras ficaram bons rápido. Um deles inclusive é o Fernando Viana, hoje meu aluno no 4bet. Eu estava num torneio de xadrez ao vivo e depois que acabou a rodada eles começaram a montar um torneio de poker, com as fichas sendo as peças de xadrez. Joguei meu primeiro torneio live, já sabia as regras porque meu pai tinha me ensinado há algum tempo, e eu sempre fui muito competitivo, então me apaixonei pela competição, pelo jeito de jogar, a adrenalina, por envolver dinheiro, que fazia com que o medo aumentasse, foi paixão demais à primeira vista.

Em que momento viu que poderia levar o jogo mais a sério?

Depois que eu comecei a ganhar alguns prêmios mais altos. Depois do torneio do xadrez, eu comecei a jogar no PokerStars, conheci o Crema e o Krikor que na época jogava poker também, e ficávamos jogando e conversando no Skype. Começamos a conseguir uns prêmios bem interessante e comecei a construir meu bankroll, juntei ali cinco, seis mil dólares e ganhava regularmente US$ 500, US$ 1000. Percebi realmente que eu tinha talento e chance de me tornar um profissional de poker efetivamente. Depois que eu entrei o 4bet acabou, foquei completamente no poker e estou nessa até hoje.

Qual o momento (ou momentos) mais importantes da sua carreira?

São dois, um porque é um marco e outro uma conquista muito foda. Um marco foi minha primeira vez em Las Vegas, foi o negócio mais especial que pude ter na minha vida. Conhecer Vegas, tudo aquilo, ver que era tudo como eu imaginava, até maior. Entrar no salão da WSOP, ver as fichas, as pessoas que eu há muito tempo sou fã, jogando do seu lado, foi um sonho. Nesse ano fui só para jogar torneios baratos e ainda consegui jogar o Main Event, foi o grande marco para mim.

Rafael Moraes - Evento 54 - WSOP 2018
Rafael Moraes disputando torneio em Las Vegas

E a conquista, se eu pudesse escolher só uma seria essa, foi o título do Venom, que eu me tornei o primeiro brasileiro a ganhar US$ 1 milhão em um torneio online. Foi bizarro, queria que todo mundo tivesse a oportunidade de sentir um pouquinho do que senti, uma sensação bizarra. Uma dose de adrenalina cavalar, eu não dormi depois de ganhar, fiquei horas e horas acordado. Um monte de gente, comemoração, passa um filme na sua cabeça, quatro dias de torneio, foi incrível. E a redenção com um prêmio daquele tamanho né?

Como está lidando com essa nova fase da carreira, atuando como streamer da FURIA?

Virei sócio da FURIA em novembro de 2019 e desde então tem sido bizarro, uma história de sucesso gigantesca e muito rápida. A gente se tornou a maior organização de eSports da América Latina de longe e crescendo mais e mais. Se você falasse pra mim, há um ano, que eu viraria streamer de poker, eu daria risada da sua cara (risos). O mundo dá voltas, ele não gira, capota. Hoje posso me considerar streamer, pelo menos uma vez por semana transmito jogando torneios de poker. É algo que estou adorando e um mundo novo para mim, que estou desbravando. Estou muito feliz que deu certo essa parceria com a Furia e o PokerStars, que está sendo muito legal.

Confira o último episódio do Pokercast: