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Brunno Botteon falou de tudo na entrevista ao SuperPoker
Brunno Botteon falou de tudo na entrevista ao SuperPoker

Brunno Botteon foi um dos principais destaques do poker brasileiro em 2020. Somando apenas o desempenho no PokerStars e no GGNetwork, o profissional ultrapassa a marca de US$ 1,7 milhão de lucro nos feltros virtuais.

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Além do estrondoso valor monetário, o craque acumulou grandes decisões e conquistas. Entre os principais resultados está a impressionante performance na WSOP Online, em que alcançou dois heads-ups e a mesa final do Poker Players Champinship, torneio com buy-in de US$ 25.000.

Assista à entrevista completa de Brunno Botteon:

Para encerrar o ano em grande estilo, o craque não só alcançou a decisão da WSOP Internacional, como também marcou presença no heads-up. Apesar de não alcançar o título, levou o primeiro prêmio milionário da carreira. Além disso, o profissional também se tornou líder do principal ranking do poker online e encerrará 2020 na liderança.

Em entrevista exclusiva ao SuperPoker, o craque comentou sobre a performance em 2020, as grandes decisões e a saga pelo inédito bracelete. Botteon também falou que pretende estar presente nos torneios high stakes em 2021, em um provável retorno dos torneios live. Confira:

Como você resume 2020?

Foi surreal. O ano começou de uma forma que eu não imaginava, nos primeiros 15 dias eu já consegui muita coisa e que talvez, lá no início da carreira, eu não imaginaria. Basicamente, esses dias foram ótimos e sobrou o ano todo para jogar (risos).

Brunno Botteon alcançou duas grandes decisões logo em janeiro

Eu precisava arrumar uma motivação para jogar, porque já tinha dado muito certo. Veio a pandemia, que foi algo horrível para todo mundo, a pior situação e todo mundo tendo que ficar em casa. Eu sempre fui de ficar por aqui, jogar online e isso foi um incentivo maior, para não correr o risco de pegar o vírus e coisas semelhantes.

Joguei online, não fiz mais nada, aproveitar essa fase inicial e as coisas foram dando certo. Trabalhando muito, só me dedicando ao poker e o final do ano foi com chave de ouro com esse heads-up da WSOP.

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Se eu tivesse jogado apenas os primeiros 15 dias do ano e parado ali, já tinha sido sensacional. Ainda tinha 11 meses e meio pela frente, joguei todos e consegui me manter muito bem na maioria do tempo.

Antes de você alcançar as duas mesas finais em janeiro, você também cravou um torneio de US$ 530. Você já jogava com frequência esses torneios?

Em 2019, eu já jogava o US$ 530, alguns de US$ 1.000 ou escolhia melhor o field, já disputava os Main Events de US$ 5.000. Eu só não me registrava nos US$ 10.000. Entrei em 2020 com a meta de jogar os mesmos torneios e nunca ia pegar um de US$ 2.000 e US$ 5.000, esse era o planejamento, porque não estava no meu controle de bankroll.

No início do ano, eu tive a felicidade de satelitar alguns torneios, ainda fazer mesa final e alcançar 5-handed. Consegui ir muito bem nos satélites, o que me fez jogar uns eventos mais caros em janeiro.

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Antes mesmo deste US$ 530 que você citou, eu já tinha feito muita mesa final de evento de série, algo surreal, todo dia tinha FT de Winter Series, algo sinistro mesmo. Com isso, fiz uma frente muito grande e comecei a dar buy-in, estou fazendo isso até hoje (risos).

Mesmo com os resultados, você disse em entrevista que o ranking do PocketFives ainda não era uma meta. Quando foi que você decidiu buscar essa liderança?

Em janeiro eu consegui terminar na liderança do ranking mensal, era algo muito difícil de eu não conseguir depois dos resultados e eu não me ligava muito. Depois desse primeiro mês, eu fui jogando e as coisas foram dando certo, com o passar dos meses resultados muito bons vieram e percebi que tinha algo além que eu poderia buscar. Porque não o ranking anual? Eu comecei a ver isso e criei uma motivação.

Eu acho legal isso, não dou a maior importância do mundo, pois não conta lucro e se você conseguir muito ITM, estando negativo e chegar lá, mas eu busco manter um lucro ali e chegar do mesmo jeito.

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Conseguir isso foi surreal, algo que eu não imaginava e até fiz um post no Instagram sobre isso. Até podia perder a liderança rápido, porque não estava acostumado a jogar com esses caras em torneios diários de US$ 1.000, US$ 2.000 e US$ 5.000, eu ia aproveitar o meu momento, mas sabia que alguém me passaria. Com o passar do tempo, eu vi que a realidade poderia ser outra, tinha um certo potencial para aguentar alguns meses lá próximo dos líderes.

Como você conseguiu se manter no topo? Havia uma rotina de estudos para ver a tendência do field?

Foi mais tranquilo. Quando eu era de time, era instrutor. Isso era pior para mim, pois eu tinha que estudar para passar material para os alunos, só que eu não tinha muito tempo para estudar para mim, algum conteúdo mais avançado para lidar com os caras muito bons do nível mais alto. Jogando só pra mim, tive mais tempo para buscar mais informações e ficar com a mente mais limpa.

Nessa pandemia eu até estudei muito pouco, porque estava dando prioridade para jogar e aproveitar o field que estava bem mais fácil, porque no início estava um sonho, deu um “boom” no poker online e os garantidos estavam bizarros. Pensei comigo, vou jogar meu jogo, não vou me atentar à estudar tanto, porque tem muita coisa que eu já sei que vai ser o suficiente e se eu estudar tanto, não irei evoluir algo absurdo no curto prazo.

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Peguei uma maré muito boa e estudei menos. Antes, estudava todo dia, hoje são três vezes na semana e não são tantas horas. Tento jogar mais e pegar com a experiência de jogo, revendo algumas mãos que joguei durante a sessão e tive dúvida. Então, foi isso, acabou que foi melhor, que foquei em mim mesmo, não precisei focar em outras pessoas e melhorar o jogo delas.

Brunno Botteon alcançou dois heads-up na WSOP Online
Brunno Botteon alcançou dois heads-up na WSOP Online

Quando você vai estudar, conversa com outros profissionais?

Já estudei com o Alexandre Mantovani, Renan Bruschi, Caio Pessagno e Renan Aziz, nós temos um grupo de estudo, estou um pouco ausente porque está meio difícil arrumar tempo, mas com esses caras eu troco informação, analisando linhas e se ajudando, mas com gringos não.

Converso com um profissional gringo, que é um dos melhores em heads-up, que joga os limites mais caros, costumo conversar com ele em inglês. Estudamos HU quanto torneios, isso ajuda também, inclusive, creio que deveria ter estudado um pouco mais de heads-up para não ser tanto vice (risos).

Ainda não deu para rever a mesa final da WSOP Internacional, mas você recordando as mãos, tem alguma que você jogaria de forma diferente?

Tiveram algumas mãos importantes. Teve um 97s, que eu acabo transformando em blefe para ele foldar um T. Essa mão é um pouco close, eu diria. É um pouco arriscado da minha parte, mas eu ainda tenho muita dúvida sobre ela, não tenho certeza se jogaria diferente ou não.

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É uma situação que eu deixo o cara bem incomodado com o T, porque se ele dá o call e perde, fica em uma situação muito ruim, ele não ia mais pressionar a mesa. Naquela mão, eu pensei muito, porque eu tinha uma vantagem grande naquele board por ser o big blind e o range dele ser capado no Tx.

Geralmente, o Tx são os dez fortes. AT, KT, QT e JT, mas estou bloqueando o melhor dez naquele board que é o T9. Joguei com o range capado que eu vi dele e a vantagem do board pra mim, mas também por ser uma situação que eu teria que ter bastante coragem para fazer, me dá pouca credibilidade e ter muita informação sobre mim para dar o call.

Eu não conheço muito sobre a tendência do jogo dele, se é muito pagador. Me arrisquei no escuro, achei minha mão boa para fazer aquilo. Poderia ter apenas dado o call, mas na minha cabeça a jogada não tem o fold por ter muitos draws missados, podia escolher apenas o check/call. Só que achei que o EV de check/raise seria maior, pois na hora, me pareceu que seria quase impossível ele dar o call apenas com o T.

Ele é bom jogador e outro problema é minha imagem que é bem afetada pelas notícias, tem alguns blefes que as pessoas veem e acho que o Damian é ligado nisso. Talvez, contra quem foi não seria bom.

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Outra mão foi do heads-up, a mão final. É uma mão que o Salas joga muito esquisito, ele dá limp com K8 e eu dou check no big blind. O flop foi K24, com duas de paus e uma de copas, eu não tenho nada, mas eu pensei em ir de check/raise porque tenho os backdoors, só que ele também dá check.

O turn vem um 6 de copas e eu fico com broca e flush draw. Nesse momento, eu posso apostar como ir de check/raise, não vou apenas de check/call nessa mão para jogar de forma passiva, pois se eu não realizo a equidade da minha mão no river, tenho que ir de check/fold.

O Damian tinha muito delay c-bet no seu jogo, betando muito turn e achei que o EV de check/raise era maior, porque o colocava em uma situação ruim, porque, pra mim, ele nunca checka flop com o K, pois eu tenho todos os 2x e 4x no big. Quando ele tem flush draw, ele beta demais, é um jogador que pressiona muito, não vai dar check behind, isso é uma informação muito relevante.

Ele aposta 1 milhão de fichas em um pote com 1.500.000, um bet alto, esquisito, mas eu vou para meu check-raise porque quero fazer o 6 foldar river, ou no turn, talvez, ou se ele apostou no 4, faço ele largar, enfim, não acredito que ele tenha o topo, como o K, porque pra mim é ruim dar check com o top pair nessa situação. Apostei 2.800.000, ele paga e o river vem outra de paus, ficando três do naipe no board.

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Também acho que ele nunca teria flush draw em paus, porque ele betaria flop, também não acho que ele joga assim com o K, mas o Damian acha um K8, que acerta dois pares river. Ele ainda tankou river para pagar meu shove, mas ele pagou e eu não me arrependo.

Mas que eu considero mais importante da mesa final é o 97, pra ser sincero, eu não tenho certeza. Tem muita coisa envolvida, tem o EV futuro, de eu saber que se ele foldar eu posso pressionar ainda mais a FT, não é só o EV da mão. Se for analisar apenas a ação em si, o call deve ter um EV superior, pois tem outras mãos que eu posso transformar em blefe, a única certeza é que transformá-la em blefe não é horrível, pois eu bloqueio o topo do range dele, porque ocasionalmente ele pode bloquear o 99 ou top trinca. Ele pode pensar que eu posso ficar muito doido e blefar turn e river, pois é muito mais o meu range, assim como o T9.

Por essa questão, eu posso ter alguns blefes sim. Por isso estou feliz com a forma que eu joguei, não me arrependo muito não.

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Teve um blefe que eu passei também, que eu me caguei todo (risos). O coração foi a mil, é muito louco jogar ao vivo. Eu dei limp, eu betei flop, uma bomba no turn e over shovei river, acho que era coisa de 1.3 vezes o pote. O Damian começou a tankar, meu coração acelerou e quando ele foldou, vai aparecer na TV, respirei aliviado. Com certeza eu vou dar muita risada dessa mão quando transmitirem. Era no 3-handed já, se pagasse eu estava eliminado.

Brunno Botteon também alcançou o HU da WSOP Internacional
Brunno Botteon também alcançou o HU da WSOP Internacional

Como foi a correria para conseguir toda a documentação para participar da mesa final?

Estava bem ansioso. Depois que eu me classifiquei para a mesa final, eu pensei ‘e agora?’. Já é difícil você chegar em uma FT dessa e você tem que se preocupar com outra variável. Fui atrás de informação, falar com um monte de gente que estava tentando me ajudar, conversei com o pessoal da GGNetwork, com o Felipe Mojave, que conseguiu me ajudar muito, pois entrou em contato com o pessoal do cassino, que me mandou uma carta de aprovação de entrada ao país, pois eu ia a negócios. Por esse lado, foi bem tranquilo.

Quando acabou o Dia 2 e eu cheguei na mesa final, fiquei louco, pois eu precisava viajar e muita coisa vinha na minha cabeça: se eu não conseguir, vou ficar em nono, um monte de coisa mesmo. No primeiro dia, eu não dormi muito, varei a noite procurando informação, fui dormir já era de manhã, no seguinte foi a mesma coisa. Foram dois ou três dias de noites mal dormidas.

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Quando eu cheguei lá, foi um alívio muito grande, respirei fundo. Enfim, foi muito bom.

Como foi a experiência na República Tcheca?

Foi boa, mas foi esquisita também, pelo fato da pandemia. Chego lá, não tem muita gente, tive que passar por um teste do COVID dentro do cassino, conheci o dono, o Leon Tsoukernik, uma figuraça do poker. Conversei com alguns jogadores, então, foi essa mistura, de legal com esquisito, porque eu não sai do cassino, fiquei no quarto esperando vir a mesa final com muita ansiedade.

Outra parte boa foi porque joguei televisionado, Main Event da WSOP, entrevista em inglês, algo que eu não imaginava fazer, enfim, foi bem doido.

Já que você conseguiu em 2020 tanta coisa que não imaginava fazer, quais são os objetivos para 2021?

Para ser sincero, não tenho um objetivo para 2021, é uma coisa que eu mesmo me pergunto. Mas evolui muito ao longo dos anos, em 2018, eu atingi muita coisa e entrei em uma depressão bem grande, isso foi logo depois de eu ter alcançado meu auge na época.

Hoje, voltei a conquistar muita coisa, mas estou muito melhor mentalmente, estou animado para jogar e querendo mais. À princípio, eu não parei para pensar nisso, não tenho uma resposta pronta, mas eu me sinto novo, tenho 25 anos, conquistei muita coisa novo, mas posso dizer que tenho muita vontade de jogar e ano que vem quero continuar jogando.

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Esse processo que eu passei me deu muita experiência, espero que eu continue indo muito bem e possa ser ainda melhor no ano que vem.

Depois da primeira entrevista que você deu ao Pokercast, você notou que as pessoas passaram admirar você ainda mais, não só pelos resultados conquistados, mas a imagem de um ídolo por tudo que você passou?

Eu percebi muito isso, o respeito por eu vir lá de baixo. Acabei ganhando muita gente que começou a torcer por mim de coração, não só pelo fato de ser brasileiro e estar em uma grande reta final, pessoas indo além disso. Realmente, eu recebi muita mensagem, foi muito legal, me senti bem com isso e ao mesmo tempo esquisito. Porque tinha um monte de gente me mandando mensagem e eu me questionando, ‘o que está acontecendo?’.

Do nada as pessoas estão falando que eu sou uma inspiração, fiquei assustado, pois estava aqui trabalhando, jogando meus torneios, me divertindo e dedicando 100%, do nada, você desliga o computador e repara que fez um estrago, as pessoas estão percebendo, muita gente falando do que você fez, é uma coisa meio louca.

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Até fico assustado, porque sou uma pessoa bem tranquila, não gosto de aparecer, de mostrar algo para as pessoas e do nada elas estão reconhecendo isso, sem eu querer mostrar. Vocês da mídia sempre trazendo algo e o seu nome sempre lá, quando as pessoas reconhecem é muito bom, pois é o reconhecimento do seu esforço.

Você vê algum ponto negativo?

Existem algumas coisas sim. Por exemplo, eu não gosto de trabalhar minha imagem, gosto de viver de boa, sem ter que estar sempre bem vestido e essas coisas, não sou assim, gosto de ser natural e viver de boa, isso eu não pretendo fazer tão cedo.

Brunno Botteon alcançou seu primeiro prêmio milionário em 2020
Brunno Botteon alcançou seu primeiro prêmio milionário em 2020

Eu não vejo tantos pontos negativos, tem um pouco de perder a privacidade, talvez, de pessoas que se aproximam por interesse, é uma coisa que tem em todas as áreas. Existe isso, mas fazer o que, não tem como controlar.

A parte boa é que o poker não é como futebol, tão reconhecido, que a sociedade está querendo sempre assistir, por que se fosse, estava perdido, de verdade. Acho que não teria rede social e nem nada semelhante. Ia me sentir muito importante e não é uma coisa que eu goste, ia viver sem dar muita informação, como o poker é mais de boa, não me preocupo com isso.

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Com o provável retorno dos torneios live em 2021, você pretende participar dos principais circuitos?

Eu quero pensar um pouco mais alto o ano que vem, pra ser sincero. Se o live voltar, quero de alguma forma jogar alguns torneios de US$ 25.000, US$ 50.000 e, talvez, jogar US$ 100.000, quem sabe mais que isso. Não quero fazer nenhuma loucura, não quero ter US$ 1 milhão de banca e jogar um US$ 100 mil, isso não existe, não farei isso nunca. Não me sentiria bem fazendo isso, não gosto de jogar sentindo mal pelo dinheiro, isso é horrível. Pretendo de alguma forma tentar algum satélite ou fazer metas, por exemplo, se eu for muito bem nesse mês e lucrar consideravelmente darei um buy-in mais caro no ao vivo.

Seria mais para fazer um teste para ver como me sinto. Talvez, se conseguir algum investidor eu iria jogar. Quero tentar, mas meu foco sempre será no online.

Eu já dei buy-in de US$ 25.000. Confesso que é pesado, mas eu me senti bem até. Estava jogando 100% por conta, estava sendo um pouco irresponsável, mas estava muito animado com tudo que estava acontecendo e vi que o field estava fácil. Uns caras mais velhos, que não eram profissionais e decidi dar o buy-in.

Se eu perder não ia mudar a minha vida, mas se eu vencesse poderia mudar para melhor. Geralmente, eu pego esses spots, que se eu perder não muda nada, mas se eu ganhar vai mudar alguma coisa, eu sempre pego.

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Quer deixar algum recado para quem te acompanha e torce por você?

Quero agradecer muito há todos que torceu, que tem alguma admiração por mim, desculpa se eu não respondi alguma mensagem, no Instagram ou em qualquer lugar que tentou falar comigo. Eu não uso muito rede social, é muita coisa e não estou acostumado a falar com muitas pessoas, eu tento, mas é difícil, por isso, me desculpa qualquer coisa, se eu pareci ignorante ou algo do tipo, pois eu não sou.

Espero que vocês continuem torcendo, se depender de mim, com a vontade que eu tenho, vou conquistar muitas coisas o ano que vem e estou ansioso para voltar a jogar, vou dar buy-in em tudo que tiver pela frente. Só aguardando passar Natal e o ano novo, também estou em um apartamento novo e eu preciso comprar uma mesa e uma cadeira nova, que vou me organizar e voltar. Vocês vão ver muito o meu rosto ainda.

Confira o último episódio do Pokercast: