Nos últimos anos, Yuri Martins vem mostrando todo o seu talento nos principais torneios, seja no circuito ao vivo ou nos feltros virtuais. Em apenas três meses, o curitibano já mostrou que 2021 não vai ser diferente. Elevando o valor da média do seus buy-ins, o craque vem dando show nos torneios mais caros dos feltros virtuais.
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Na última terça-feira (23), o craque faturou mais um grande título ao desbancar Michael Addamo em um heads-up épico e no dia seguinte se tornou o melhor jogador do poker online, segundo o site PocketFives. “Foi um heads-up que eu aprendi muito”, disse o curitibano em entrevista ao SuperPoker. “Era contra um cara que tem muito sucesso, um estilo de jogo muito difícil de enfrentar em heads-up, porque é um cara extremamente agressivo, loose aggressive, chega ao ponto de ser meio maníaco e é bem difícil enfrentar jogadores assim. Foi incrível, porque depois, vendo a transmissão com as cartas abertas, minha leitura estava afiada”.
O duelo começou com o adversário tendo quatro vezes mais fichas e a desvantagem chegou a beirar a dez para um. Além de jogar mão a mão, o profissional revelou quais ferramentas utilizou para conquistar a grande virada. “Eu conhecia bem ele, tinha algumas leituras e alguns padrões”.
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Questionado sobre se houve uma mão que ele definiu como importante, Yuri destacou algumas cruciais. “Acredito que todas as mãos chaves foram muito importantes, o fold de Q6, pois me manteve no torneio e não teria acontecido as outras mãos, mas tiveram outras com um peso muito grande como o 98 no 3-bet pote, que eu dei call em três streets com o board de A-high, quanto o 98 de paus que eu dobrei”.
O curitibano foi o primeiro brasileiro a alcançar o topo do online pela terceira vez, mas para ele recordes são apenas uma consequência. “Eu sempre falo que os títulos são frutos de um trabalho bem feito, do dia-a-dia, de uma rotina bem regrada, de um grind saudável e a minha intenção é continuar dessa forma, me superando todos os dias, que assim seja, mas não é meu foco os rankings”, e o jogador destacou quais são os objetivos. “É sempre me superar todos os dias, me desafiar cada dia mais”.
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Nos últimos anos, o brasileiro também figurou na parte de cima dos rankings individuais em grandes séries, disputando ponto a ponto o título de jogador do ano. “Acredito que vou continuar fazendo o mesmo trabalho, só que esse ano estou jogando stakes maiores e isso pode ser algo que atrapalhe na questão dos rankings das séries, pois exige que você jogue torneios Mid e Low numa frequência alta, e por conta dessa mudança, pode ser que eu passe vários desses torneios, o que pode prejudicar”.
Se os adversários pensam que a sequência de resultados faz Yuri pensar em diminuir o ritmo, o craque encerrou falando o contrário. “Não tenho intenção alguma de diminuir o volume, parar de jogar, ou algo assim. O poker me faz muito feliz, é o que eu amo fazer e também esse desafio de desvendar o jogo cada dia mais. Eu aprendo muito todos os dias, não é algo que me deixa na zona de conforto, o poker está sempre trabalhando no meu limite, por isso eu não tenho vontade alguma de parar de jogar”.
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