Pelo segundo ano consecutivo, Affif Prado está na briga pelo título de Campeão Brasileiro de poker. Em 2016, o jogador terminou na terceira colocação, e, atualmente, o catarinense é o segundo colocado com 2099 pontos, 356 pontos a menos que o líder do ranking, Marcelo Mesqueu.
Em entrevista ao SuperPoker, ele contou sobre a disputa do ranking, o planejamento para a última etapa e toda a expectativa que gira em torno do grande evento que é o BSOP Millions. Confira:
A disputa do ranking é o seu grande objetivo no BSOP Millions?
Sim, é o meu grande objetivo no Millions. Não só nele, mas desde a primeira etapa desse ano, quando fui pra Punta, já fui decidido a disputar o ranking e jogar todas as etapas, com a devida estratégia para chegar no Millions disputando entre os dez primeiros. Agora estou em segundo lugar, então já estou satisfeito com meu desempenho e acredito que aqui é que vai ser a decisão, como está sendo.
O Rodrigo Zidane é seu grande amigo e, no ano passado, chegou nesta etapa em terceiro lugar e acabou conquistando o título de Campeão Brasileiro. Isso é mais um motivo para você buscar essa conquista?
Sim, é um grande motivo para eu buscar o título, porque eu sei que a disputa está aberta, pois, se eu não estou enganado, faltando dois dias para o fim da etapa no ano passado eu era o líder e, no entanto, ele conseguiu reverter o placar e ser o campeão. Então, aqui tem muita coisa para acontecer, com vários torneios, os fields são enormes e a pontuação é conforme o tamanho dos torneios.
Qual será a sua estratégia? Já montou a sua grade?
A minha estratégia tem alguns pontos que são segredos, mas já estou com a grade toda montada. Claro que ela pode mudar de um dia para o outro, a princípio eu preciso de uma pontuação grande, pois eu, que estou em segundo, estou mais de 300 pontos atrás do Mesqueu. Isso significa que eu preciso cravar um torneio, então farei o meu melhor em cima do que está planejado.
Devido ao número de torneios do BSOP Millions, abre espaço para que mais jogadores possam buscar o título de Campeão Brasileiro?
Sendo muito sincero, acho que será um dos quatro devido a distância. É possível que o Caio Hey e aqueles mais próximos tenham um belo desempenho no Millions e pontuem bastante, porém, ele teria que cravar três torneios paralelos ou ganhar o Main Event e também um torneio paralelo, o que é muito difícil.
Em 2016, a disputa era entre você, Kelvin Kerber e o Rodrigo Zidane. Este ano você está de novo na briga, quais foram as lições do ano passado que serão aplicadas?
O principal aprendizado do ano passado é o principal ensinamento do poker, que é a experiência.
Todos os jogadores aguardam ansiosamente o BSOP Millions. Para você, que participa de todas etapas, ela é realmente diferente?
Ele é muito diferenciado. Pra gente, que está no poker direto, é um evento que todo mundo fica o ano todo esperando. Quando chega aqui e vê todas essas mesas, esse salão enorme que a organização consegue lotar, as premiações muito interessantes, por exemplo, o ano passado, pagando R$ 1 milhão para o campeão do evento principal, todo mundo vem atrás. E sentir essa energia, de todo mundo querendo ser o campeão, é muito bacana. Além de ser um local onde você reencontra os amigos, é simplesmente sensacional.
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