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Alexandre Mantovani - BSOP Curitiba

O craque Alexandre Mantovani, o “cavalito” do online, se destacou no ano passado com o grande resultado obtido no Main Event do WCOOP High, quando conquistou a quarta colocação e o prêmio de US$ 612.697. Até o momento, é a terceira maior premiação da história de um brasileiro nos feltros online, ficando atrás apenas de Bernardo Rocha, o “Machadada RS”, que ficou em terceiro lugar no mesmo torneio e somou US$ 848.015 ao seu bankroll, e Yuri Martins, que terminou em segundo lugar nesse mesmo evento em 2014 e recebeu a bagatela de US$ 708.251.

Após o feito, o profissional conquistou o seu primeiro título de BSOP, quando venceu o 6-Handed Turbo Bounty em Curitiba. Em 2018, o primeiro grande evento live escolhido por Alexandre foi a Macau Cup, competição organizada pelo PokerStars.

Em entrevista ao SuperPoker, ele comentou o motivo que o levou a disputar a série, comparou o nível técnico do field local com o enfrentado aqui no Brasil e o seu planejamento para o ano que está iniciando. Confira.

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É a primeira vez que você está disputando um torneio em Macau?

Sim, é a primeira vez em Macau. O plano inicial era ir para o Aussie Millions, mas por causa de algumas complicações de visto e eu sabendo que iria rolar essa série aqui, acabei vindo para cá mesmo.

Qual é o seu planejamento para essa série? Pretende disputar quantos torneios?

Como a disputa de torneios live é muito mais caro, eu sempre faço pacotes dos eventos. Então, para essa série fiz um planejamento de disputar todos os torneios que eu acho que tenho edge significativa, inclusive, para ajudar nos custos da viagem também. Eu já joguei quatro torneios, jogo mais três eventos e jogo mais três satélites para os High Rollers.

Alexandre Mantovani - Campeão 6 Handed Turbo Bounty - BSOP Curitiba
Alexandre Mantovani – Campeão 6 Handed Turbo Bounty – BSOP Curitiba

Com os torneios já disputados, como você avalia o field dessa região?

Em todos os lugares que eu vou jogar, noto como o field brasileiro está mais desenvolvido. Isso é válido para quando fui jogar na Inglaterra, em Punta del Este e agora em Macau. O nível técnico não é muito forte, mesmo os caras que são mais regulares possuem alguns leaks bem fundamentais no jogo, principalmente no que diz respeito a range de open e o size que eles usam, tanto pré quanto pós-flop. No geral, vejo que o field por aqui é um pouco mais fraco.

Como você avalia o seu desempenho nos torneios?

Eu cheguei uma semana antes do torneio para me adaptar com várias coisas: fuso horário, criar minha rotina e onde vou comer, pois levo isso muito a sério. Joguei um torneio do cassino há uma semana e fui completamente destruído, não soube me adaptar e me dei mal. A série começou com um torneio mais barato e o mesmo aconteceu, só que eu reentrei com a intenção de ver onde estava errando para conseguir ajustar. Depois que fiz isso o meu desempenho melhorou bastante. No freezeout, primeiro torneio com uma estrutura boa da série, cheguei na semi FT, mas algumas coisas deram erradas na reta final e eu acabei bolhando o torneio, premiavam 12 e eu cai em 15º ou 16º. Depois desse desempenho, fiz outra semi FT, no torneio de Hold’em e Omaha, mas acabei caindo em um cooler. Estou chegando, no último torneio acabei cometendo um erro no 6-Max, mas no geral, meu desempenho está muito bom.

Alexandre Mantovani - BSOP Millions - Crédito: Carlos Monti
Alexandre Mantovani – BSOP Millions – Crédito: Carlos Monti

No ano passado, você se destacou após um grande desempenho no Main Event do WCOOP High. Em 2018, você pretende disputar mais torneios live? Quais são os torneios que estão no seu planejamento?

Eu fico meio divido com essa questão, pois me considero muito melhor no online do que no live. Eu joguei mais alguns torneios grandes no online depois do Main Event do WCOOP: o evento de abertura da Winter Series de US$ 2 mil e fiz semi FT, O Main Event da mesma série, passei entre os líderes para o Dia 2. Então, estou com o jogo muito ajustado no online e gosto muito de jogar também, mas para mim, o “poker dream”, o que me trouxe para o poker, mesmo quando eu trabalhava em empresa, era viajar o mundo e jogar os grandes torneios, pois esse era meu hobby, antes de levar o poker a sério e agora sou muito privilegiado de viver disso. Então, até Vegas, por saber que o live não é meu forte, eu pretendo jogar mais alguns torneios do circuito ao redor do mundo e dependendo no Brasil, para eu conseguir uma bagagem e conseguir me destacar.

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