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João Simão - partypoker Millions North America

Nesse sábado (17), João Simão colocou seu nome mais uma vez entre os melhores em um torneio de buy-in elevado do circuito internacional. O brasileiro terminou na sétima colocação do High Roller do Caribbean Poker Party e somou US$ 80 mil ao bankroll.

Apenas em 2018, são quase US$ 1,3 milhão em premiações em 13 torneios diferentes, sendo que em seis oportunidades foram em eventos de pelo menos US$ 10 mil de buy-in. Com essa incrível performance, Simão chegou a US$ 2.223.104 em premiações nas competições live e alcançou a terceira colocação no ranking de brasileiros que mais somam resultados na história do esporte.

João Simão - Caribbean Poker Party
João Simão – Caribbean Poker Party

Após o resultado, João Simão se sentiu feliz com a performance na decisão e comemorou algumas leituras certeiras durante a competição. “É muito bom jogar com esses caras, ver que nós brasileiros estamos no topo do mundo e batemos de frente com essas lendas. Diversas mãos eu fico pensando o que os caras têm e quando tem showdown é muito prazeroso e gratificante ver que a gente está acompanhando o jogo, que se ventar para nós vai dar nós e se ventar para eles vai dar eles”.

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Simão também fez uma comparação com o cenário high stakes online. “Algumas eliminações eu mandava as mãos para o Japa [Renato Nomura], por mensagem e as lendas acabavam sendo eliminadas em umas mãos em que eu julguei bem erradas, até decepcionantes. Vi bastante erro, por isso saio com mais uma certeza, bater os high stakes online é muito mais difícil do que os High Rollers ao vivo. Os caras são muito bons, mas vejo eles cometendo bastante erros que os top online dificilmente cometem, pois estudam muito, repetem muito mais vezes do que eles. Acaba que eles erram muito mais vezes, mas consequentemente vai aprendendo com os erros. É óbvio que existem os ‘tops’ dos Super High Rollers, que inclusive batem os high stakes online, mas esses são os finos da bola, digo isso dos medianos, pois sei que eles não batem os buy-ins elevados do online sem dúvidas nenhuma”.

O brasileiro continuou fazendo uma convocação para os brasileiros. “Queria fazer um convite para os melhores do Brasil, me acompanharem nessas jornadas, não tenho dúvida que vão dar trabalho demais, pois precisamos de mais brasileiros na luta. É um desafio muito grande pra gente, pois a viagem é muito mais longa, mais cara, a nossa moeda é muito mais fraca, então da buy-in de US$ 25 mil é uma coisa e de R$ 25 mil, que é a sensação deles, é outra. Inclusive, a maioria deles jogam para grupos de investidores e isso acaba dando uma condição mais favorável para eles, que reflete em um conforto na mesa”.

João Simão - partypoker Millions Grand Final Barcelona
João Simão – partypoker Millions Grand Final Barcelona

Simão continuou apontando outros motivos. “Temos que construir passo a passo, eu não quero dar passo maior que a perna e não tenho a ambição de ser o melhor ou ser o mais premiado, principalmente por causa da família. Mas acho que seria legal se mais brasileiros fizessem isso, para gente construir uma viagem aqui e outra ali, para criamos uma comunidade com mais informação”, e continuou fazendo uma comparação com um dos melhores jogadores da atualidade. “Fiquei impressionado, todo mundo comeu na mesa e estava próximo ao Bonomo, conversando e vendo o celular dele, é complicado competir com eles, pois eles possuem muitos grupos de estudos, programas e compartilhamento de informações de jogadores e soluções. Enquanto ele está jogando, tem um amigo mandando todas as decisões matemáticas e informações dos adversários, ou seja, eles são uma equipe e estou sozinho nessa batalha, e isso é muito difícil, pois me dá uma insegurança bem chata, se não é o japonês eu fico sózinho, que é a situação quando ele também está jogando outros torneios. Aí fica meu apelo, bora comunidade!”.