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Robson Rodrigues - Torneio dos Campeões - BSOP100 Foz do Iguaçu
Robson Rodrigues - Torneio dos Campeões - BSOP100 Foz do Iguaçu

A vitória no Torneio dos Campeões ficou com Kelvin Kerber, jogador mais do que merecedor da glória pelo grande desempenho que possui no poker nos últimos anos. No entanto, a melhor história do torneio acabou sendo a do vice-campeão, Robson Rodrigues, que venceu a etapa de Curitiba em 2009. Nos anos seguintes, Robson não compareceu mais às etapas, mas a paixão pelo jogo continuou. “Eu realmente parei de jogar o circuito, porque é difícil, eu tenho uma empresa, então fica meio complicado”, explicou. “Mas a gente sempre faz home game em casa, jogo na Liga Curitibana, que é perto de casa, tenho muitos amigos no poker.”

A vontade de “Bob” em participar do histórico BSOP100 ficou clara quando ele contou que, há cerca de uma semana para o evento, ele deixou a UTI do hospital, onde ficou por 10 dias após sofrer um infarto. “Jogar esse evento é um sonho, até mesmo porque faz parte da historia do poker”, contou. “Não tem o que falar, foi sensaiconal, contra esse pessoal você já vê que é outro tipo de jogo, não tem apostas fora do padrão, você joga com os melhores. Então foi sensacional poder chegar e ficar em segundo lugar. Caí em um coin flip, mas é coisa do jogo, adorei!”

Mesmo após o grave problema de saúde, Robson não se poupou nas mesas e se manteve firme mesmo após quase 15 horas de torneio. A presença da torcida, que incluía sua esposa, foi fundamental. “A minha esposa sempre está junto comigo, tem mais troféu em casa do que eu, sempre está junto torcendo”, contou. “A gente é recreativo, mas com qualidade. Estudamos, fazemos coach com o pessoal do time do Akkari, o Giuliano [Freita] dá aula para gente, e o resultado veio. Jogar um bom jogo com gente que sabe jogar é outra coisa.”

Robson Rodrigues - Torneio dos Campeões - BSOP100 Foz do Iguaçu
Robson Rodrigues – Torneio dos Campeões – BSOP100 Foz do Iguaçu

Perder o heads-up para Kelvin não diminuiu em nada a alegria de participar da grande festa, enfrentar alguns dos maiores nomes do poker brasileiro na atualidade, e ainda sair com o troféu prateado. Pelo resultado, Robson levou um pacote completo para o BSOP Millions deste ano. “Ele [Kelvin] joga muito bem e as cartas bateram para ele”, contou. “Ele começou a crescer, reverteu o jogo, acabei perdendo em um coin flip. Teve outra mão que ele acertou um flush maior que o meu, mas faz tudo parte do jogo, foi merecido.”

Tendo matado as saudades de sentar em uma mesa do BSOP e sentir o clima da maior série de poker da América Latina, ele contou que sua presença na próxima etapa, realizada em “casa”, é garantida. “Com certeza, agora preciso dar uma aliviada no trabalho até por causa dessa questão do stress, e quero voltar a curtir o pessoal e aprender mais”, contou. “Curitiba é um celeiro de jogadores de poker, mas depois que ficou um tempo sem ter BSOP lá ficou difícil, porque é caro para viajar, mas sendo lá na nossa ciadade provavelmente teremos mais campeões, acredito que tem muita gente boa lá.”