A última participação de André Doblas no BSOP aconteceu no BSOP Millions de 2015. Mesmo ausente, no entanto, o nome do carioca já está marcado para sempre na história do circuito. Em 2010, ele venceu o BSOP Million, faturando R$ 209 mil e se tornando o Campeão Brasileiro daquele ano. Com uma carreira de sucesso, ele nunca chegou a levar o poker como profissão, mas uma recomendação médica o trouxe para o BSOP Brasília em busca de diversão.
“Na verdade, eu sempre quis voltar a jogar, mais por recreação mesmo e tudo mais. Mas como eu tenho trabalhado muito, fui no médico e ele falou que eu precisava relaxar”, contou. “Foi no dia anterior que o BSOP me ligou convidando para participar do Freeroll Diamond, então pensei que a hora era agora. Realmente estou bem relaxado, fico até o final se tudo der certo, sempre me divertindo, rindo, sem nenhum tipo de estresse.”
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A volta ao torneio onde foi tão feliz foi cheia de alegria e reconhecimento. “Tenho lembranças maravilhosas, principalmente pelo prêmio e pela galera. Estou aí, alguns quilinhos a mais, alguns cabelos a menos (risos), mas sempre me divertindo, pessoal aqui sempre me recebeu muito bem, gosto de todo mundo de verdade. Alguns falam ‘caramba, você mudou’, mas é muito fantástico, estou há três anos praticamente sem vir e as pessoas me reconhecem, perguntam do título de oito anos atrás. Já estou até programando as próximas etapas, está no sangue, no coração, a paixão.”
Doblas negou estar “enferrujado” com o jogo. Prova disso foi o nono lugar conquistado no 1-Day High Roller logo no primeiro dia de evento. “Eu sempre fui muito baralhão, sempre gostei de ver muito flop (risos), mas é igual andar de bicicleta”, contou. “Ontem eu caí na bolha da FT do High Roller, freerollando a viagem, e no início mandei mensagem pro [Alexandre] Rivero falando ‘me explica melhor quem são as pessoas’ (risos), porque mudou muito o jogo em si.”
Desde a vitória do carioca, o BSOP cresceu muito. Para se ter uma ideia, o prize pool daquele torneio, o maior até então na série, foi de R$ 1 milhão, menos da metade do garantido de Brasília. “É tudo muito surreal, quando eu ganhei já foi um ‘boom’. É o que eu estava falando ontem, quando um cara falou que me viu lá ganhando, então eu me sinto um pouquinho responsável por ter ganho aquele torneio. Um moleque de 25, 26 anos, que jogou o segundo torneio, cravou a etapa, foi campeão brasileiro, é fantástico.”
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Perguntado se sonha em se tornar o primeiro bicampeão de Main Event da história da série, ele afirmou que não pensa nisso, estando preocupado apenas em relaxar e aproveitar o torneio. “Estou muito longe (risos), sonho em me divertir com a galera, ontem já fiz uma ‘pratinha’. Eu estava mais preocupado em fazer uma mesa final, conseguir arrumar um retorno bacana, mas estou aqui para me divertir.”
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