Diversos craques do poker brasileiro tiveram um bom desempenho em 2017, mas nem todos irão guardar esse ano na memória como Bernardo Dias. Heads-up na World Series of Poker, excelente desempenho no WCOOP e jogadores do time conquistando ótimos resultados foram alguns dos momentos do profissional nessa temporada.
Em toda carreira, Bedias acumula aproximadamente US$ 6 milhões nos feltros online e US$ 680 mil no live, sendo que apenas nesse ano foram US$ 389.271. O SuperPoker conversou com o profissional sobre a bela fase, a vinda para o BSOP Millions e o futuro no poker. Confira:
Como você resume o ano de 2017 em sua carreira?
Foi um ano incrível! O ano de 2016 já tinha sido muito bom e não esperava que pudesse ser melhor e, realmente foi um ano marcante na minha carreira.
Como é chegar a um heads-up da World Series of Poker?
Foi uma experiência quase surreal. Foi meu quinto ou sexto ano que eu vou pra lá, a gente sonha, mas na hora é totalmente diferente. É uma sensação indescritível, mesmo batendo na trave o bracelete foi muito gratificante. Poder ver toda a torcida por mim vinda do Brasil e lá no torneio, foi sensacional.
Somando a versão Low e a High, você foi o jogador que mais chegou em mesa final. Mostrando que a boa fase é tanto no live quanto no online, isso é devido a que?
O online sempre foi meu forte, sempre foquei bastante no online, tenho uma facilidade para jogar muitas mesas ao mesmo tempo e isso ajuda bastante na evolução. No WCOOP, série que eu jogo desde 2010, como eu jogo quase todas as modalidades, eu consigo ter mais chances de brigar pelo ranking. Inclusive esse ano, eu ganhei o ranking de torneios sem contar No Limit Hold’em, que foi uma classificação que eles fizeram esse ano e tem um troféuzinho pra chegar lá em casa.
Além dos seus prêmios individuais, o jogador do seu time, Bernardo Rocha, também bateu o recorde de maior premiação de um brasileiro em torneios online. Qual o significado desse prêmio?
Esse prêmio foi o mais gratificante de todo esse ano, porque é o resultado de um trabalho de quase cinco anos que a gente começa a ver os resultados e colher os frutos. Foi uma premiação incrível, no SCOOP já tinha sido muito bom com o Léo [Tobias], que também chegou na mesa final, isso mostra que o time conquistou resultados muito expressivos e fico muito feliz por todos eles, que estão fazendo um trabalho belíssimo.
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Você já falou que é um amante do Mixed-Games, o que achou da inserção de novas modalidades como o Omaha Hi/Lo no cronograma do BSOP Millions?
Muito legal! Acabou sendo de uma forma natural, já que cada vez mais essas modalidades vão adquirindo praticantes. Então, ia acontecer uma hora ou outra. Uma pena que acabou sendo no dia do High Roller turbo, pois eu queria muito jogar e acabou dando uma premiação muito boa, mas eu acabei preferindo o Hold’em. Espero que nos próximos eu consiga jogar, pois sem dúvida é minha modalidade preferida.
Todos os jogadores têm uma preferência por certos torneios, mas todos dizem que o BSOP Millions é um evento diferente, você também o vê assim?
Com certeza, é só olhar esse salão cheio todos os dias, uma estrutura fantástica do BSOP, para ter tantos torneios simultâneos. Pessoas vindo de todo o Brasil e de fora do país, da pra ver a magnitude desse evento e realmente é um evento especial que a gente espera o ano inteiro.
Qual a expectativa para 2018?
Não posso nem dizer que quero que seja melhor que 2017, mas vou continuar trabalhando e seguindo os meus objetivos, tanto na minha carreira, como com o time e espero que continue bom assim.
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