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Juan Pablo Tote

O PokerStars Festival Uruguai, em Punta del Este, atraiu um grande número de jogadores locais. Um deles, em especial, tem uma história interessante. Juan Pablo Guillanea, mais conhecido como “Tote”, possui um vínculo estreito com o Brasil e com jogadores brasileiros. Foi lá onde tudo começou.

“Fui para o Brasil há alguns anos porque meu pai morava em Santos. Comecei a jogar poker lá em clubes pequenos. E foi de lá mesmo que conheci os meus amigos de hoje aqui no Uruguai”, contou. Pouco tempo depois que passou a jogar, ele começou a colher bons resultados, como um quarto lugar numa etapa do CPH.

Depois de alguns anos morando no Brasil, Tote voltou para casa e a amizade com os jogadores uruguaios ficou mais forte. Em especial, com dois grandes jogadores do país: Joaquín Melogno e Martín Crosa. A convivência com a dupla fez com o que jogo de Juan melhorasse e ele reconhece a ajuda dos mentores.

Melogno e Crosa são os mentores de Tote

“Aprendi muito. Eu não sabia jogar poker até conhecer eles, é meio sick até falar isso. Eles salvaram minha vida. Eu até ganhava antes, mas era pouquinho, não dava para viver. Eu sobrevivia apenas (risos)”, disse Tote. Ele também tem uma percepção firme das diferenças entre o poker do Brasil e do Uruguai.

“Eu acho que no Brasil tem mais pessoas que jogam por diversão. Aqui, como também tem muito menos gente, tem menos recreativos e tem mais profissionais”, disse. “Outra coisa legal daqui, por sermos em menos gente, é que nos ajudamos muito com aulas, discutimos muitas mãos. É diferente. Os caras que são bons no Brasil, são bons entre eles. Eu acho que muitos bons de lá não compartilham conhecimento como os daqui”, completou.

No PokerStars Festival, Juan Tote pensa em ganhar uma das cobiçadas espadas prateadas. “Seria um sonho ganhar um troféu bom aqui”, disse. Já classificado para o Dia 2, com 86.400 fichas, o uruguaio tem motivação de sobra para lutar pelo título do Main Event. Aos 30 anos, ele descobriu que será pai recentemente.