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Marcelo Mesqueu - BSOP Millions
Marcelo Mesqueu - BSOP Millions

Marcelo Mesqueu está confiante que terminará o ano de 2017 como Campeão Brasileiro de poker. E não é pra menos. Líder do ranking desde que venceu a primeira etapa, em Punta del Este, e mostrando grande regularidade durante a temporada, o carioca chegou ao BSOP Millions na liderança da disputa geral e também de Omaha.

No ranking geral, a liderança é de 356 pontos para o segundo colocado como Affif Prado, mas nomes como Rodrigo Garrido e Paulo Gini também aparecem bem e podem tomar o topo da lista. No Omaha, o grande adversário de Mesqueu é o argentino David Santarelli, que estava 355 pontos atrás, mas diminuiu a vantagem com o quarto lugar obtido no torneio de PL Omaha Hi/Lo do Millions.

Em entrevista ao SuperPoker, Mesqueu falou sobre a estratégia para se manter no topo, comentou a bela temporada e revelou que confia no seu jogo para buscar o título nos dois rankings.

Depois de uma longa temporada, finalmente chegou a hora de definir o Campeão Brasileiro de 2017. Está nervoso?

Nervoso não, mas um pouco ansioso. É um evento de 10 dias, sabemos que é muito cansativo, dez dias sem jantar, e depois que você passou o ano liderando bate aquela obrigação de vencer, que é o mais complicado.

Marcelo Mesqueu - BSOP Millions
Marcelo Mesqueu – BSOP Millions

Quando ganhou a primeira etapa, em Punta del Este, você já imaginava que chegaria ao Millions nesta situação?

Eu sabia que teria uma temporada brigada, que viria para disputar o ranking, mas como São Paulo me deu ponto e mantive a liderança, e em Recife cravei o Omaha e fiz mais frente ainda, vi essa realidade se tornando bem próxima. Daí cai para dentro e estamos brigando até agora.

Qual a sua estratégia de escolha dos torneios para jogar?

Estou tentando focar pelo menos dois torneios sempre, simultaneamente, e pode ser que eu encaixe um terceiro torneio também, vai depender de como eu estiver em fichas na hora que acabam as reentradas.

Jogar mais de um torneio ao mesmo tempo altera sua estratégia de alguma forma?

Para te falar a verdade, a adrenalina é alta, mas não é gostoso. Não é prazeroso, porque você joga várias mãos que não jogaria, tentando acertar alguma coisa e dobrar as fichas, para largar esse torneio e ir para o outro. É mais difícil de jogar, não é gostoso não.

Você está mais tranquilo sobre o ranking de Omaha do que sobre o geral?

Eu estou mais tranquilo, porque só tem quatro torneios de Omaha. É mais difícil, a mesma vantagem que tenho no geral tenho no Omaha, então estou muito mais confiante no Omaha, não tem como dizer que não.

Marcelo Mesqueu - BSOP100 Foz do Iguaçu (Créditos: Carlos Monti)
Marcelo Mesqueu – BSOP100 Foz do Iguaçu (Créditos: Carlos Monti)

Ao chegar aqui no salão do BSOP Millions, você já se imaginou recebendo o bracelete de campeão ao fim do evento?

Não penso nisso agora, meu foco é jogar os torneios e fazer a meta de pontos que tracei na minha cabeça. Para entrar na briga bem, tenho que fazer 295 pontos, essa é a minha meta. De 100 a 295 acho que é um bom ponto, 295 fico tranquilo e passando disso acho que serei campeão, independente dos outros, só se eles saírem ‘mitando’ em tudo.

Dos nomes que aparecem entre os primeiros do ranking geral, quem mais te preocupa?

O Affif, por estar bem próximo, é o que preocupa mais. Os quatro outro adversários, incluindo o Caio Hey, que está em quinto, são muito bons, determinados, sabem o que estão fazendo, mas o Affif é o mais preocupante por estar mais perto.

Ano passado, o Rodrigo Zidane começou o BSOP Millions na terceira posição do ranking e terminou campeão. Será que teremos outra história de recuperação?

Vou te falar a verdade, não tinha pensado nisso não, porque se eu pensar, a cabeça não trabalha muito bem. Estou pensando que vou ganhar, esse é o meu pensamento.