Na última etapa do BSOP, em São Paulo, o título foi para o Amazonas, com Ângelo Neto sendo o grande campeão e embolsando o prêmio principal de R$ 500.000. Cerca de um mês após a vitória, Ângelo marcou presença também no BSOP100, em Foz do Iguaçu.
Além de tentar defender o título e receber todo o reconhecimento da comunidade, ele também participou do Torneio dos Campeões. Em entrevista ao SuperPoker, Ângelo falou sobre como sua vida mudou no último mês, revelando que ter sido campeão do BSOP trouxe ainda mais alegria do que ele esperava. Confira a entrevista.
Um mês após a vitória, o que mudou na sua vida?
É difícil até de falar o que mudou, porque mudou tanto, que eu não consigo mensurar direito ainda. O que eu posso falar é que o carinho que a gente recebe, o reconhecimento, que eu já buscava fazia um certo tempo, eu sempre soube que isso era gigante, mas não é nada do que você imagina, é diferente, é muito maior. Vou te confessar que, quando eu me vejo lá, revendo as cenas da mesa final, parece que é outra pessoa. É difícil de descrever com palavras, mas é a felicidade plena.
Como foi a recepção da família e amigos quando você voltou para o Amazonas?
Nossa, já no aeroporto tinha umas 50 pessoas, faixa e o caramba, eu era muito aguardado. Faz muitos anos que a gente disputa o BSOP, sempre levamos uma delegação grande e tal, mas nunca rolava, era trave, era isso e aquilo, porque é difícil mesmo. Não é querendo me colocar em uma situação de ser melhor do que alguém, mas eu e quatro ou cinco dali vivemos do poker, então foi muito importante ser um de nós que chegou. Não que o recreativo não ganhe, mas, para o esporte, o cara que vive do poker exclusivamente ser vencedor é a chancela do trabalho. Foi muito mais relevante eu acho.
Qual o próximo passo na carreira? Pretende correr mais o circuito?
Há dois anos, eu jogava muito mais online, fui um cara que veio do cash, fui para online jogar MTT e era muito difícil seguir o circuito, porque para a gente é muito complicado. É passagem, hotel, imposto e tudo, daí acaba que a conta fica pesada no fim. Mas com o que está acontecendo tiveram alguns projetos até da prefeitura, do governo, no sentido de diminuir esses custos. Se esse projeto acontecer, com certeza vamos seguir o circuito todo.
Como foi a experiência de jogar o Torneio dos Campeões em meio a tantos nomes importantes?
O torneio teve várias pessoas nas quais eu me espelhei, muitas mesmo, umas do passado, que estão aqui, outras que a gente acompanha no presente, e estar aqui perto dessas pessoas é uma honra. Eu cumprimentei um a um, tanto os que eu já conhecia, que rodam o circuito, quanto os que não conhecia porque pararam de jogar. É uma grande honra mesmo.
