A fase é boa para Frederic Bittar. Há cerca de 20 dias, ele foi campeão de um High Roller em São Paulo, levando R$ 66.100. Na WSOP Brazil, ele se aproveitou do churrilho para ser o campeão entre as 273 entradas do No-Breaks Big Stack, levando o prêmio de R$ 40 mil. “Estou em uma maré boa e o baralho está me ajudando também, isso não posso negar”, contou. “Fico muito contente, porque vim mais treinar para o Main Event da WSOPE que eu vou jogar, e acabou dando certo.”
A falta de breaks no torneio atrapalhou Bittar, mas não foi suficiente para impedir seu título. “Foi um torneio de altos e baixos”, resumiu. “Fiquei algumas horas bem short, consegui voltar e vim recuperando. No final agora, o único problema foi que eu almocei às 14h e o torneio começou às 15h, então eu estava sem comer até agora, foi o mais difícil. Mas o resto eu já estava acostumado, na última final demorei quase 16h, estou muito contente.”
O heads-up contra Armando da Costa Vaz terminou em um hero call de Bittar, que possuía apenas K-high. O board trazia 6TQT3, com três cartas de ouros, e Armando decidiu ir all in no river. Após alguns minutos pensando, o campeão decidiu pelo call, segurando KJ, superando o J7 do vice-campeão, que levou o prêmio de R$ 27 mil pelo ótimo resultado.
“Eu não tinha certeza, mas pelo tanto que tinha no pote não compensava eu fugir”, explicou Bittar. “Era muita coisa, e ele tinha um terço ou um quarto do que eu tinha, então pensei que mesmo perdendo valeria arriscar, decidi correr o risco. É mais gostoso ganhar assim, o adversário não gosta, deu uma falinha ali, mas faz parte do jogo”.
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