Nas primeiras horas dessa segunda-feira (2), o Brasil conquistou o seu 34º título do maior torneio regular do PokerStars, o Sunday Million. O feito veio com Fábio Bonatto, que nos feltros virtuais joga sob o nick “FLBonatto”. O jogador superou um field de 6.406 jogadores para ficar com o título e o prêmio de US$ 172.955. “Sempre tentei ganhar o Sunday Million, era um objetivo há alguns anos. Então, foi a realização de um sonho” contou o campeão.
O brasileiro iniciou a mesa final como chip leader e sempre figurou entre os líderes na reta final. Apesar de chegar no heads-up com desvantagem para o lituano Arunas Sapitavicius, o brasileiro conseguiu reverter a situação e conquistar o título. “Minha estratégia na mesa final foi jogar contra os jogadores mais fracos e explorar os spots buscando pressionar os payjumps”, revelou Fábio.
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A situação poderia ter sido muito diferente quando o torneio ainda estava afunilando, pois nos blinds 17.500/35.000 o brasileiro se envolveu em um all in pré-flop com AKs contra 55 do adversário. Após perder o flip, Fábio restou com apenas 2,5 blinds, mas utilizou de uma estratégia curiosa para dobrar seu stack sem showdown. “Percebi que o big blind estava com várias mesas, dei um mini raise disfarçado de 2.2 e ele acabou foldando. Aproveitei muito essa situação contra jogadores que não estavam prestando muita atenção. Com isso, acabei subindo sem showdown”.
Além do título conquistado nesta semana, Fábio possui outro grande título no PokerStars, o Evento #16 Medium do SCOOP de 2016. Naquele torneio, ele precisou superar um field de 5.979 competidores e somou US$ 65.962 ao seu bankroll. O jogador destacou uma vantagem por ter esse grandioso resultado. “A experiência traz a tranquilidade de saber que perder algumas mãos não é o problema, importante é jogar contra os profissionais que se preocupam muito com o resultado e o dinheiro. Fica fácil de explorar o jogo deles”.
Apesar do currículo com mais de US$ 250 mil de lucro e mais de US$ 630 mil em conquistas nos feltros virtuais, Bonatto não é profissional e destaca os motivos que o levaram a não mudar de ramo. “Acredito que a vida de um jogador profissional não seja boa. Na minha opinião, é mais difícil que a maioria dos trabalhos”.
Fábio trabalha no mercado financeiro e conheceu o poker há oito anos e destaca que o esporte tem um papel fundamental no seu trabalho. “Gosto muito do poker, pois dentro do mundo dos negócios tudo funciona como uma jogada”.
Apesar de não ser profissional ele possui uma rotina de estudos e também de discussão de mãso com os amigos, para seguir evoluindo no jogo. “Gosto muito de discutir jogadas com grupo de amigos que tenho home game, sempre busco aperfeiçoar com estudos. Já fiz alguns cursos e li alguns livros, mas a prática é o principal. Analisar as jogadas e as reações dos oponentes!”.
Para 2018, o recreativo possui metas bem ambiciosas. “Quero estudar mais e jogar só quando estou 100% concentrado. Quanto a resultados, quero conseguir jogar bem a WSOP deste ano”.
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