Há mais de 10 anos, quando o poker apenas engatinhava no Brasil, Jeferson Costa já participava dos torneios, chegando até a vencer um título do campeonato brasileiro. A trajetória no jogo, no entanto, foi interrompida, e retomada apenas há cerca de 2 anos. Agora, “Jeff” volta aos holofotes com a vitória no Extra Life da WSOP Brazil, levando R$ 65.000 e o anel de campeão, seu grande objetivo.
“Se pegar nos meus Stories do Instagram, desde o começo eu coloquei o anel ali”, contou. “Para mim, ficar em 10º ou 2º seria a mesma coisa, porque o dinheiro vai, mas o anel fica. Coloquei ele um pouco no dedo e já pensei “po, isso vai ficar comigo para sempre”. Fico feliz quando olho para os troféus que tenho, e hoje ser campeão de uma etapa do mundial, ver escrito “WSOP” no troféu, é uma coisa forte e só motiva mais.”
Após conseguir dobrar suas fichas logo no começo do torneio e seguir aumentando seu stack na mesa final, ele perdeu uma grande mão no 3-handed e sobrou com apenas um big blind e meio. Jeff voltou para o jogo após dobrar seu stack várias vezes e conseguiu reverter o jogo contra Nathaniel Falber e o paraguaio Horácio Chaves Cortes. Na mesa final, ele também precisou superar nomes como os profissionais Ramon Sfalsin e Larissa Metran.
“Tinha muita gente boa, o field está nivelado por cima hoje em dia”, comentou Jeff. “O Ramon Sfalsin é um grande jogar e um cara bacana, a Larissa Metran também joga muito, e outros jogadores que não sei o nome mas jogam bem também, já vi pelo circuito. Alguns não me conheciam e eu pude tirar proveito disso, tentei criar uma imagem tight para poder explorar”.
O campeão admite que a pausa na carreira atrapalhou o seu desenvolvimento técnico. Por outro lado, a vivência de quem começou no poker há mais de uma década foi fundamental, principalmente nos momentos difíceis do torneio. “Acho que o que falta de habilidade eu compenso com experiência, porque é muito tempo jogando, então você passou por quase tudo e sabe o que fazer quando chega na hora de ter que fazer algo diferente, de dar um jeito”.
O título dá ainda mais ânimo para o jogador que, desde que voltou para o circuito, retornou também aos estudos, fez coaches e segue buscando novas conquistas, sempre com o apoio da família. “Vamos ver agora o que vai vir de bônus com essa vitória”, contou. “É pensar com cuidado, não achar que agora vou ser o melhor do mundo, porque não é assim, é só um torneio paralelo, mas não pode menosprezar. Não posso esquece de agradecer minha família e minha esposa Aryane, por esperar em casa grávida pra eu sair atrás desse sonho que é realidade!”
1 – Jeferson Costa – R$ 65.000
2 – Horácio Chaves Cortes – R$ 42.000
3 – Nathaniel Falber – R$ 30.000
4 – Larissa Metran – R$ 23.000
5 – Laucídio Coelho – R$ 17.000
6 – Ramon Sfalsin – R$ 13.200
7 – Marcio Gianotti – R$ 9.800
8 – Eduardo Pagliari – R$ 7.700
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