Nas primeiras horas de hoje (22), o Brasil soltou o seu primeiro grito de campeão na Turbo Series. A conquista veio no Evento #18, de buy-in US$ 215, com Ricardo Rocha, que joga sob o nick “rickyibrah45”. O jogador superou um field de 1.076 jogadores para ficar com o título e o prêmio de US$ 34.544,12.
Ricardo é de Rio Pardo (RS) e concilia a sua vida de profissional de poker com a faculdade de Engenharia de Produção na UNISC, (Universidade de Santa Cruz do Sul). O gaúcho conheceu o poker há cinco anos e há um ano e meio decidiu se profissionalizar.
Como muitas das grandes conquistas, esse título também tem a sua curiosidade. Inicialmente, Ricardo não iria disputar esse torneio, pois no seu planejamento haviam apenas os torneios com buy-in até US$ 100. No entanto, com a conquista da vaga por meio de um satélite US$ 27, ele não só conseguiu o buy-in, como também conquistou o maior prêmio da sua carreira. “Primeira coisa que fiz após o título foi acordar meu pai, comemorei com meus amigos que estavam acompanhando pela internet e depois comecei a baixar a adrenalina para ir dormir (risos)”.
A trajetória do brasileiro foi tranquila até a semi-FT, quando acabou perdendo um pote gigantesco e entrando na mesa final com o menor stack, possuindo apenas seis big blinds. “Foquei mão a mão e em cada decisão para não cometer nenhum erro. Deu tudo certo para mim, bateu tudo e felizmente consegui a cravada”.
O jogador comemorou demais o seu título em uma série do PokerStars. “Sempre é bom cravar qualquer tipo de torneio, independente da premiação, mas não tem como negar esse gostinho especial, sendo minha primeira cravada em um festival do Pokerstars. Está sendo fantástico!”.
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Ele aproveitou para agradecer aqueles que te apoiam na caminhada. “Só tenho a agradecer mesmo à minha família e aos meus amigos que me apoiam demais nessa escolha que eu fiz. A gente que joga poker batalha tanto nos bastidores, estudando e aprimorando cada detalhe, e é muito gratificante quando vem um resultado desses”.
Dos 18 torneios já concluídos na Turbo Series, quatro terminaram com um acordo, o que não aconteceu no evento conquistado pelo brasileiro. “No heads-up, tentamos entrar em um acordo, eu tinha 20 milhões e ele 30 milhões. Acho que ia dar US$ 27 mil pra mim e pouco mais de US$ 30 mil para ele. Iríamos jogar por mil dólares, mas o segundo já levava US$ 24 mil. Não estou negligenciando esses US$ 3 mil de diferença, sou adepto de acordo, pois diminui muito a variância do jogo, mas resolvi recusá-lo para ir atrás dos US$ 34 mil, estava muito confiante no meu jogo e achava que tinha condições. Pelo jeito foi a decisão correta” contou.
Com o título, Ricardo mudou a programação da série e resolveu inserir os torneios de até US$ 215, mas fazendo a gestão de bankroll, não pretende inserir os torneios High, com buy-in de US$ 500 e US$ 1.000.
Mesmo tendo seis dígitos de lucro no Sharkscope, o jogador não abre mão da faculdade e vê uma grande importância na formação acadêmica. “Os quatro primeiros anos da faculdade foram na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), esse ano me transferi para ficar mais perto da minha família e me dedicar mais ao poker. Embora eu consiga me sustentar com o poker, acho o diploma muito importante na minha formação, mas o esporte é meu plano A”.
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