O Team PokerStars britânico Benj Spragg, um dos streamers mais populares do poker, cedeu uma entrevista exclusiva ao SuperPoker. Na conversa, o jogador falou sobre a sua trajetória desde o início no Twitch, o sucesso que obtém, e planos para o futuro.
Além disso, “Spraggy”, como é conhecido, também compartilhou suas opiniões sobre brasileiros. Ele revelou que recebe mensagens de espectadores do Brasil, e disse que são sempre recados muito carinhosos. O jogador também falou sobre o momento do esporte da mente no seu país, o Reino Unido.
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O britânico já foi destaque algumas vezes no SuperPoker, como quando ele foi eliminado de um torneio pela própria namorada, ou na vez que acertou um belo hero call de K-high. Na entrevista, ele exaltou os melhores momentos de suas streams compartilhados pelas mídias brasileiras.
Spragg também enalteceu a parceria com o PokerStars. Ele confessou que o acordo entre ele e o site proporcionou momentos marcantes, como presença em torneios live, bem como sorteios para os fãs do seu canal. Confira a entrevista na íntegra:
Quando você começou a fazer livestreams, imaginava ficar famoso com isso?
Eu nunca esperei muito disso, foi algo que comecei a fazer sem expectativas, porque eu sempre gostei de ver games no Twitch e estava em um período de muita desilusão com o poker, então eu estava procurando maneiras de recuperar o meu amor pelo jogo. Me lembro de ficar completamente em choque na primeira vez que alcancei 100 espectadores, eu nunca achei que ia crescer até o tamanho que está hoje.
O que o PokerStars significa para a sua carreira?
O PokerStars é uma parte muito importante das minhas transmissões. Trabalhar com eles e fazer parte do time me permitiu ter oportunidades além do que eu imaginava. Eu pude comentar em EPTs, conhecer e jogar com alguns grandes nomes de várias partes do mundo, jogar o PokerStars Players’ Championship e, provavelmente o mais importante, minha relação com o PokerStars me permite passar valores para a minha comunidade. É muito legal ter a chance de dar presentes, mandar pessoas para as Bahamas, para etapas do EPT, para Marbella e dar oportunidade a eles de participar de eventos online de graça.
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Como você vê o cenário do poker inglês neste momento?
Eu acho que, definitivamente, existe um apetite pelo jogo no Reino Unido neste momento. Antes da pandemia, eu visitei um torneio de estudantes de poker que teve uma participação muito grande, assim como eventos tipo Lex Live em Londres, que naturalmente teve uma grande presença de britânicos. Existe uma comunidade britânica no Twitch muito unida mas que está, ao mesmo tempo, em constante expansão. Temos muitos streamers e muitos espectadores no Reino Unido neste momento.
Creio que o poker é um jogo que sempre terá um lugar definido em todas as gerações. Existe uma reputação antiga que atrai pessoas e eu acho que, uma vez que as pessoas tomam conhecimento, elas apreciam o jogo pela imensa estratégia e, obviamente, diversão que a experiência proporciona.
Como você lida com trolls e haters?
Infelizmente, pessoas negativas e abusivas sempre estarão presentes em qualquer lugar. Isso é amplificado virtualmente, porque as pessoas acreditam que anonimato é uma desculpa para abandonar civilidade. Creio que a comunidade do poker é esmagadoramente positiva, mais de 99% das mensagens que eu recebo são boas, mensagens de apoio, ou simplesmente de gente que gosta do que eu faço. Quando uma pessoa provoca ou dissemina ódio, eu acho que, às vezes, é necessário dizer algo, para tentar mudar uma perspectiva, tentar alterar a realidade da cultura do comportamento online, mas infelizmente isso acaba sendo um esforço em vão, de vez em quando. Mas ter que me preocupar com isso não chega a ser um problema, eu tenho sorte nesse sentido.
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O que você pensa sobre o poker brasileiro?
Eu só tive boas experiências com o Brasil no poker. Muito conteúdo meu é compartilhado nas mídias sociais brasileiras ou por veículos de imprensa como o SuperPoker e eu sempre amo ver isso! Certas vezes eu recebo mensagens de brasileiros que me assistem e os recados sempre são positivos e apaixonados. Parece que o jogo é muito popular no Brasil, e é sempre legal ver um monte de bandeiras verde e amarelas nos lobbies dos torneios.
Qual é a melhor parte de ter milhares de pessoas te assistindo? E a pior?
A melhor parte certamente é o apoio. É uma felicidade quando você ganha um grande pote após um longo caminho e vê o chat subindo muito rápido. É realmente emocionante quando você pensa que cada uma daquelas mensagens é de alguém que está acreditando no seu sucesso. Eu acho que a pior parte é quando você joga mal uma mão ou é eliminado e sabe que vai ter que assistir tudo de novo por causa do delay da stream, e fica esperando pelas inevitáveis mensagens de alguns que ficaram felizes com a sua derrota (risos).
Qual é o seu próximo objetivo no poker?
Eu realmente gostaria de continuar desenvolvendo as streams o máximo que eu puder. O SCOOP desse ano teve uma audiência incrível. Meu objetivo é trazer cada vez mais pessoas novas a esse jogo que todos nós amamos.
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Que dica você daria para alguém que está começando a fazer transmissões?
Comece com uma apresentação simples, limpa e fácil de entender. Ninguém quer ficar ouvindo um monte de barulhos, apitos e animações. Foque em centrar a atenção em você e nas cartas o máximo possível. Ser você mesmo é importante, não tente forçar um personagem que você ache que as pessoas queiram assistir, elas conseguem identificar algo que não é autêntico muito facilmente. Não se preocupe muito com um setup caro, se o seu microfone for razoavelmente bom e tiver uma câmera, já está bom. E o mais importante, divirta-se!
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