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Felipe Katu - Campeão Brazilian Storm WSOP Brazil

Na edição de 2017 da WSOP Brazil, Felipe Katu conquistou o título do maior evento da série, o Brazilian Storm. O torneio recebeu impressionantes 2.224 entradas e o jogador, que divide seu tempo entre o poker e ser DJ, transformou o investimento de R$ 500 em R$ 147.000.

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Por se tratar de um evento gigante, não faltou emoção na trajetória de Katu até conquistar o gigantesco prêmio e o cobiçado anel de campeão da WSOP. O paranaense, que agora vive em São Paulo, entrou na decisão como short stack, mas conseguiu reverter o cenário adverso e conquistou o título.

Em entrevista a Victor Marques, o campeão contou parte dessa trajetória emocionante, sua relação com o poker e a mudança que o grande prêmio trouxe em sua vida e na carreira. Confira:

Katu, conta um pouco da tua história no poker…

Comecei a jogar por volta de 2008/2009 em home games, depois de ter aprendido 5-Card Draw no fim de 2009. Em 2010, comecei a jogar nos clubes em Cascavel, no interior do Paraná, e depois de ler meus primeiros livros (Harrington e o livro do Mavca) cravei meu primeiro 15K Garantidos e a grana deu condições de comprar meus equipamentos pra ser DJ, que junto com o poker é minha fonte de renda atualmente. Fiquei afastado alguns anos, do poker porque minha mãe ficou doente, tive que assumir um pequeno restaurante da minha família e fiquei quase 2 anos off jogando bem esporadicamente. Em 2015, mudei pra São Paulo, por convite do meu amigo/irmão Lhux, que também é jogador, pra trabalhar como DJ no projeto YEX, projeto que faço parte até hoje com eles. Joguei no antigo clube Vegas assim que cheguei em Sampa, mas em 2017, depois de fazer o primeiro curso do 4bet e mais estabilizado voltei a jogar regularmente, fiz uma mesa final no torneio do milhão do Stars, e com um pouquinho de bankroll pude jogar mais torneios lives, que sempre foi o que mais gostei de jogar.

Como foi a história da cravada do Brazilian Storm?

Na WSOP Brazil fui pra jogar o Storm, e no primeiro dia fiz bastante ficha, mas no último nível perdi metade do stack num cooler, tive que pilotar short stack o final do dia e também toda bolha. No hand-for-hand consegui pressionar e crescer até os 40 left, daí em diante me envolvi em vários coolers e pilotei sempre abaixo de 20 blinds. Escapei de bastante coisa, mas fiz o meu máximo jogando short stack e entrei em último na mesa final com 10 big blinds. Quando estávamos em oito, o blind ia subir nos próximos dez segundos e eu ia restar com nove blinds e possuía 66 do UTG + 1, pensei entre fold ou shove, fechei o olho e pensei bate um 6 meu Deus! (risos). Fui all in, o chip leader já manda por cima no CO e como esperado tem QQ. No flop não vem nada, no turn menos ainda. Com isso, já estou com o fone enrolado, mochila nas costas, meio triste e vem um 6 no river. Sai gritando pelo salão, pulando e comemorando com quem estava torcendo por mim. Isso me encheu de confiança, consegui ter 20 big blinds para pilotar e a posição que estava na mesa me favoreceu a pressionar e consegui realmente jogar muito bem. No 4-handed virei chip leader e fiz um heads-up duríssimo com o Danilo Saraiva, em que cheguei a possuir 20% das fichas, mas consegui reverter. Com certeza foi o dia mais feliz da minha vida, por ser meu maior prêmio até hoje.

Anel WSOP Brazil
Anel WSOP Brazil

O que isso mudou na tua vida?

De lá pra cá consegui jogar com mais regularidade, investi em novos coachings, estamos morando em três jogadores, Sheik, que é coacch e um grande jogador, Rafaelzinho, que me ensinou a jogar lá no começo em Cascavel, e eu. Com certeza mudou a minha vida, estou tentando migrar para o online, não é fácil, mas tenho estudado muito, tentando evoluir o tempo todo. O ambiente de morar com mais dois jogadores ajuda muito nisso, mas ter bons resultados com certeza ajudou muito a jogar tranquilamente, mas preciso evoluir muito ainda, por isso o ritmo de estudos está sendo forte.

Como vai ser participar do Big Challenger, evento especial para campeões, na WSOP Brazil Rio?

Fiquei feliz pra caramba com o convite. Acho que vai ser um field casca grossa pra caramba, só quem possui anel e bracelete pode participar. O torneio que mais quero ir bem com certeza é o Storm, defender meu título e buscar mais um anel e o bicampeonato. O Monster também me atrai bastante, mas o Storm é o meu torneio, focado, estudando a estrutura e com certeza é o que eu mais vou focar pra jogar no Rio de Janeiro.

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