Felipe Mojave é um dos jogadores mais ativos nas redes sociais. O profissional sempre compartilha sua rotina, viagens, torneios e mãos interessantes que joga nos eventos.
Ontem, o profissional utilizou o espaço para relembrar uma das jogadas mais marcantes da sua carreira, mas que não teve um resultado favorável. A ação aconteceu na mesa final do Main Event do Caribbean Poker Party, pagando US$ 1 milhão para o campeão.
VEJA MAIS: Trapaça ou não? Daniel Negreanu faz enquete sobre poker online e gera polêmica
Restavam apenas sete jogadores e Mojave possuía o segundo maior stack da reta final. A ação aconteceu contra o chip leader, o russo Andrey Shatilov.
Os blinds eram 2.500.000/5.000.000, com button ante, e Shatilov deu raise para 12.000.000 do cutoff e recebeu call do brasileiro, logo à sua esquerda. Os demais jogadores foldaram e o flop foi 574, sendo duas cartas de espadas.
Após check do adversário, Mojave apostou 16.000.000 e recebeu o call. Um 8, a terceira carta de espadas, apareceu no turn, o tupiniquim foi para mais uma bomba, desta vez 27.000.000, e viu o russo pagar novamente.
Um 2 completou o board e Mojave não parou. Após outro check do vilão, o brasileiro foi para o terceiro barril, desta vez apostando 80.000.000 e recebeu instacall.
No showdown, o adversário mostrou 65 contra AJ do brasileiro. Com uma sequência Shatilov puxou um gigantesco pote e Mojave perdeu mais da metade do stack.
Mojave acabou sendo eliminado na quinta colocação do torneio. Pelo performance, o profissional faturou US$ 220 mil, o segundo maior resultado da carreira. Já o russo, perdeu o heads-up para Sam Greenwood.
Confira o post do profissional:
Ver essa foto no Instagram$1 Milhão de Dólares pro campeão: Hero? or Zero??♂️? … Essa mão rolou na mesa final de um Major em Punta Cana e estávamos em 7 restantes entre os melhores do mundo e um field massivo. Segundo maior em fichas, patrão… você teria coragem de seguir suas crenças e blefar o chipleader? Mesmo tendo uma ‘premiação garantida’ em torno de ‘1/2 milhão de dólares’? Pé no freio? Arriscaria atrás do genial ou bestial ao vivo para o mundo ver? Ou negaria suas convicções e contentaria com o ‘abc’ e ‘feijão-com-arroz’ honesto de cada dia? Afinal, o risco era muito maior que a recompensa?! ‘Ser ou não ser… eis a questão’. Essa mão me custou o torneio. Fiquei em quinto lugar entre os mais de mil entrantes e levei 220 mil dólares, triste (mas contente). Não quero aqui entrar no mérito dos detalhes da ação e avaliar se o blefe foi bom ou não (foi horrível hahah), mas é que tenho outra idéia aqui. Meu intuito é justamente me expor. Mostrar que atrás de grandes derrotas existe um universo de aprendizado e crescimento, justamente por abraçar esse processo. Vejo muito vídeo perfeito por aí, acho que é só isso que as pessoas mostram nessa vida baseada na busca de ‘likes’. Mas por trás de cada vitória, com certeza teve muita cagada e inúmeros percalços. Pelo menos no meu caminho: LOTADO. Acertando ou errando, vivemos de derrotas. Na esmagadora maioria das vezes, vamos ter que olhar pra cara dela e enfrentar o julgamento de tudo e de todos. Quem é você? Aquele que se esconde limitando-se a vencer? Ou aquele que dá a cara pra bater aceitando o que é a abundância de dificuldades e aprendizados que a vida tem pra oferecer? Sempre vivi da imperfeição, em meio as dificuldades e os problemas. Essa foi mais uma situação dessas. Crescendo daqui. A vida é de quem arrisca. Árvores fortes crescem com ventos fortes. Não pegue tão leve com você. Nenhum campeão nasce pronto. Acredito em tudo isso… Mas acredito mais ainda que eu não posso manter meus medos e inseguranças do lado de dentro. Já fez merda, irmão? Sim. E das grandes. Inclusive está aí pra você ver. Só me resta saber quando será a próxima ???♂️? mas sempre na real e olhando pra frente ?????.
Uma publicação compartilhada por Pro Poker Player/Coach (@felipemojave) em
Pra você, o que deu errado na jogada do profissional? Não deixe de participar nas redes sociais do SuperPoker.
