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Guilherme Decourt
Guilherme Decourt

Guilherme Decourt conquistou um feito histórico na madrugada de segunda para terça-feira (21). O profissional se tornou o primeiro brasileiro da história a conquistar dois títulos em apenas um dia de SCOOP. “É muito gratificante chegar a essa marca. Já vinha batendo na trave em eventos há alguns anos. Bolhei duas mesas finais no ano passado, já tive um sexto, outras três ou quatro semi FT’s. Que bom que enfim chegou”, festejou o jogador.

A primeira vitória veio no Evento #33 Medium (US$ 109 Pot-Limit Omaha Hi-Lo 8-Max). Após uma longa disputa no heads-up, contra o sueco Robin Ylitalo, conhecido nos feltros virtuais como “robinho”, o jogador conquistou a primeira vitória. Uma hora e dezessete minutos depois, a glória veio no Evento #37 High (US$ 530 NL Omaha Hi-Lo 8-Max).

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Com os dois resultados, o jogador conquistou mais de US$ 45 mil. O campeão contou como foi o pós título. “Para dormir foi complicado. Estava jogando em um QG de um amigo meu. Fiquei pensando na mulher, na filha, a cabeça ficou a mil”.

Guilherme falou sobre o feito de conquistar dois títulos do SCOOP no mesmo dia. “Na hora eu não senti tanta euforia, estava mais em choque. Agora que está caindo a fichas Poxa, conquistar duas vitórias no mesmo dia, que tesão!”

Até chegar ao dia histórico, Guilherme, assim como a maioria dos profissionais brasileiros, passou por grandes desafios e dificuldades na carreira. O jogador iniciou no poker em 2011, no mesmo ano que ingressou na faculdade de psicologia.

Com o jogo ficando cada vez mais difícil e o valor da mensalidade da faculdade mais elevado, o jogador optou por trancar o curso em 2013 e dedicar exclusivamente ao jogo. “Nem seu sabia se era a melhor decisão (risos). Para as pessoas em volta foi difícil, para eles não fazia sentido, ia muito bem no curso e sair para ir para algo incerto”, recordou Guilherme.

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Diferente da maioria dos jogadores, Guilherme praticamente iniciou disputando jogos de Omaha Hi-Lo. “Eu jogava junto com o Diego Bazzo, um excelente jogador de Hi-Lo. Ele me ensinou e adorei a modalidade. Nessa época, sempre era eliminado por um tal de ‘bedias’ (risos), quando decidi me tornar profissional, em 2014, comecei a jogar para o Bedias Team”, relembrou.

Guilherme falou sobre a dificuldade de encontrar conteúdo para a modalidade. “É um jogo que quase não tem material gratuito, o que tem é muito ruim. Acaba sendo difícil você evoluir na modalidade, pois aqueles que possuem o conhecimento não vão passar tão fácil. Então é bem específico, um jogo muito complexo, com muitas variações, muito menos desvendado que o Hold’em”.

Apesar de conteúdo muito restrito, o campeão enalteceu o nível do field brasileiro na modalidade. “Estamos com uma galera muito boa, diversos jogadores chegando direto nos eventos. Está crescendo e estamos chegando na cola dos russos”.

Em vários momentos da entrevista, o jogador ressaltou a importância do craque Bernardo Dias no desenvolvimento do jogo. “Eu devo muito a ele nesse resultado, o cara é muito sick! Sem o Bedias eu jamais teria conseguido”.

Além de Bernardo, Guilherme Decourt também aproveitou a oportunidade para agradecer outras pessoas fundamentais na vida e na carreira. “É muita gente, mas eu espero não esquecer de ninguém. Primeiro, pro Diego Bazzo, que me ensinou muito, ao Gregor Carvalho, que nos últimos anos vem me dando muita força nos momentos ruins, sem eles nada seria possível. A toda torcida do Tottenham que me inspirou demais nessa runnada, a galera que me acompanha desde sempre, “GG Riler”, “Douglinhas”, “totuli”, “Bitoks”, “thyrras” e, obviamente, a minha mulher e minha filha”.

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