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Guilherme Trevisan - BSOP Iguazu
Guilherme Trevisan - BSOP Iguazu

Poucos campeões do BSOP Iguazu mostraram tanta alegria com seus resultados quanto Guilherme Trevisan quando venceu o Start-Up. Não é de estranhar, já que o jogador de 35 anos de Votuporanga (SP) largou um cargo de confiança em uma multinacional para se dedicar inteiramente ao jogo, vendo o título como um sinal de que a decisão foi acertada.

Mas a etapa ainda guardava mais alegrias para Guilherme. Após ganhar a vaga em um satélite, ele enfrentou o complicado field do High Roller, conquistando a oitava colocação entre as 83 entradas, faturando mais um prêmio e realizando o sonho de enfrentar (e superar) alguns de seus maiores ídolos do jogo nas mesas.

Na entrevista concedida ao SuperPoker após o título do Start-Up, ele fez questão de citar o curso realizado na Inagame como um dos principais responsáveis para o sucesso. Após fazer bonito também no High Roller, ele novamente deu entrevista, falando sobre os principais pontos do curso e revelando os planos para o futuro. Confira.

Guilherme Trevisan - Campeão Start-Up - BSOP Iguazu
Guilherme Trevisan – Campeão Start-Up – BSOP Iguazu

Campeão do Start-Up e ainda mesa finalista do High Roller. Você consegue definir o que foi esse BSOP Iguazu para você?
Para mim, aqui na Argentina, eu vivi um sonho e não quero acordar tão cedo. Cravei o Start-Up e sempre tive vontade de jogar um High Roller do porte de um BSOP, mas nunca tive bankroll para isso. Apesar de ter ganho uma premiação boa no Start-Up, eu não queria investir já direto no High Roller, então me inscrevi no satélite, consegui a vaga e fui para o High Roller com um tiro único né, não podia dar reentrada.

Fui jogando meu joguinho, consciente, tranquilo e fui passando. É um sonho jogar em um torneio com Pedro Padilha, Alexandre Mantovani, Saulo Sabioni, Lincon Freitas, Ariel Bahia e tantos outros. Eu sempre acompanho esses caras, as rotinas deles, as conquistas que eles têm, então sentar na mesma mesa que eles foi incrível.

Fiquei muito feliz com meu rendimento e com o resultado, porque fazer a mesa final de um High Roller e cair em oitavo é algo para se comemorar. Eu tenho muito mais a agradecer e ficar feliz, sei que poderia ter ido um pouquinho melhor na mesa final. Agora é aprender, me dedicar mais e quem sabe eu não chego lá de novo, em outro High Roller.

Sobre o curso da Inagame que você citou, quais foram as principais mudanças que você sentiu no seu jogo?
Eu sempre gostei muito de poker, já li alguns livros e tive alguns resultados online, mas nada muito expressivo. Como eu queria aprimorar meu jogo, resolvi investir num curso de poker e, pelos profissionais envolvidos na Inagame, eu tive certeza que ia dar tudo certo. Quando eu fiz o curso básico ao avançado, meu jogo já evoluiu de uma maneira espetacular.

A importância do curso foi que algumas jogadas que eu fazia por instinto, no curso eu via que estava correto e conseguia entender, tecnicamente, porque a jogada era correta. Outras jogadas que eu achava que eram certas, eram erradas, eu tinha que jogar diferente. Eu fiz os ajustes no meu jogo e os resultados apareceram instantaneamente.

Eu não tinha nenhum troféu de poker, hoje já tenho troféu do H2 Club recém-inaugurado em Campinas, troféu do 20K, 30K, 200K que teve recentemente, do High Roller, é algo inimaginável para mim antes do curso. E agora a cereja do bolo, primeiro BSOP que eu jogo focado e veio o troféu do Start-Up, que cravei, e a mesa final do High Roller.

Nos BSOPs do ano passado, apesar de eu não ter trazido troféu, foi bem na época que eu estava estudando, fazendo o curso. Por satélites, eu fui para Floripa, Natal, e até na Argentina foi via satélite do PokerStars, que eu conquistei online graças ao conhecimento obtido no curso. Nas etapas anteriores, eu também fiz mesas finais, o troféu não veio, bateu na trave, mas agora veio e é só comemorar.

Guilherme Trevisan - BSOP Iguazu
Guilherme Trevisan – BSOP Iguazu

O que você fazia antes e o que te levou a optar por se dedicar ao poker?
Sempre tive um sonho, uma vontade, porque eu amo esse esporte da mente. Tudo que eu faço na minha vida, eu me dedico demais. Desde a época da faculdade, também na época de profissional de carteira assinada, e eu percebi que chegou um momento da minha vida que aquilo que me dava mais prazer não era me dedicar mais à minha profissão, mas estudar mais sobre poker e me desenvolver nessa área.

Foi uma decisão muito difícil, porque eu trabalhava numa empresa multinacional, tinha um cargo de confiança nessa empresa, um salário acima da média para o padrão brasileiro. Era uma empresa sensacional e que queria contar comigo no corpo de colaboradores, então tomar esse tipo de decisão foi complicado, demorou meses, mas eu só tomei porque vi que os resultados estavam aparecendo e que o curso da Inagame estava valendo a pena.

Óbvio que eu tenho uma reserva financeira, porque sei que é um esporte em que todo mundo quer ganhar e poucos ganham. Não é sempre que você vai ganhar, tem que evoluir sempre, então nos momentos de dificuldade, você precisa ter uma reserva financeira. Então eu me preparei tanto psicologicamente, quanto financeiramente, para poder partir para esse novo desafio na minha vida.

Como eu sou movido a desafios, vi que na minha profissão anterior eu já tinha chegado num patamar em que eu não almejava algo maior, que me desse mais vontade, mais alegrias, coisa que no poker eu vejo que é só o começo. Eu quero crescer, vou estudar e me dedicar mais, vamos lá ver o que vai acontecer.

Você mostrou controle de bankroll ao não considerar dar o buy-in direto do High Roller. Como o curso da Inagame aborda isso?
Isso é fundamental, você tem que ter um controle de bankroll e o curso é muito claro e rígido nessa parte. E muito transparente também, porque às vezes o jogador ganha um torneio e já acha que é o melhor, mas não é nada disso. Eu sei que ainda tenho muito que aprender, apesar de ter cravado o Start-Up sei que muitos jogadores do field têm uma bagagem bem maior que a minha. O curso te ensina muito essa parte, porque quando você se dedica ao poker, você é uma empresa. Você tem que fazer suas aplicações corretas para não quebrar e essa parte é fundamental.

Os fãs de poker podem esperar ver mais resultados seus no futuro?
Eu pretendo correr o circuito do BSOP inteiro. Não pretendo jogar vários torneios, porque quero me divertir jogando poker. Na Argentina eu joguei três torneios, não quero ficar focado só jogando, mas também aproveitar a oportunidade de estar nos lugares para conhecer a região, interagir com o pessoal. Pode me esperar que nas próximas etapas do BSOP estarei lá.

Confira todos os cursos oferecidos pela Inagame no site oficial da plataforma