João Bauer não pode reclamar de sua trajetória no BSOP. Em 2015, ele terminou a temporada como Campeão Brasileiro de Poker após um desempenho incrível no Millions. No mesmo ano, venceu o Main Event da etapa de São Paulo, levando R$ 361 mil após bater Felipe Rubino no heads-up.
No entanto, mesmo com tanto sucesso na série, é claro que o vice-campeonato na etapa passada entristeceu o goiano, que poderia se tornar o segundo bicampeão da história do BSOP. Bauer foi derrotado por Pedro Henrique Outor no duelo decisivo, levando R$ 353 mil, quase o mesmo prêmio da vitória.
VEJA MAIS: BSOP Salvador: Bruno Gazotto comemora liderança no ranking de Pot Limit Omaha
Além do generoso prêmio de seis dígitos, o profissional também levou 850 pontos, assumindo a sexta posição no ranking geral. Mesmo com a disparada de Marcelo Mesqueu, Bauer passou a ter como um dos objetivos no ano a busca pelo inédito título de Bicampeão Brasileiro.
Jogando o Start-Up do BSOP Salvador lutando por mais pontos, o jogador concedeu entrevista ao SuperPoker. Confira.
Quão dolorido foi chegar tão perto e terminar com o vice em São Paulo?
Foi bastante dolorido, principalmente porque até hoje só uma pessoa ganhou duas etapas do BSOP, então passar tão perto assim e não conseguir foi dolorido.
Também por estar iniciando um novo ano, uma nova temporada do BSOP, então queria muito ter ganho. Mas dei meu melhor, tomei as melhores decisões, a gente sempre que nem sempre que tomamos as melhores decisões que ganhamos.
Você chegou a reassistir a mesa final ou não quis?
Eu revi praticamente toda a mesa final, todos as mãos e showdown de cada jogador. Vi que, realmente, eu acho que joguei muito bem a FT e não me arrependo de nenhuma mão. Às vezes um ou outro size, mas é detalhe.
VEJA MAIS: Mikhail Shalamov puxa pote de US$ 10 mil no 6+ Hold’em do PokerStars; assista
Você estar aqui em Salvador é um sinal de que agora quer brigar pelo ranking?
É um sinal (risos). Claro que está muito difícil, o Marcelinho está bem na frente, mas o ano só acaba quando termina.
A opção pelo Start-Up ao invés do 1-Day High Roller neste primeiro dia também tem a ver com o ranking?
Também, porque o Start-Up dá mais pessoas e mais pontos para o ranking. Temos que ir pontuando, daí se for indo bem, quem sabe não vamos brigar novamente pelo ranking.
Você tem bastante experiência tanto online, quanto ao vivo. Em qual se sente mais confortável?
Eu me sinto bem mais confortável jogando ao vivo. A minha escola é online, eu ensinei praticamente 500 a 600 pessoas a serem profissionais do online, mas gosto muito do ao vivo, é onde eu tenho total consciência de tudo que está acontecendo, para mim é muito melhor.
Depois de nove anos, o BSOP volta a Salvador. O que você achou da escolha para a terceira etapa?
Eu não tinha vindo na etapa de nove anos atrás. É legal, sempre bom ter etapas diferentes assim, para a gente aproveitar e viajar também, não ser só uma viagem a trabalho. Com hotel novo e tudo mais, bem legal estar voltando para a Bahia.
Comparando com sua vitória no Main Event em 2015, acredita que estava mais preparado na última etapa?
Eu acho que sim, vai passando o tempo e a gente vai evoluindo mais. Eu senti que hoje estou bem mais preparado do que estava há três anos, mas não muda muito também, não são tantas coisas que mudaram de lá para cá.
É diferente, por exemplo, da mesa final da WSOP em Las Vegas, que fiz em 2014. Dessa para 2015, 2016, muda muito. De 2016 para cá a evolução é grande, mas não tanto quanto o salto entre as duas mesas finais.
Abra a sua conta no maior site de poker do mundo clicando aqui.