Jordan Piva entrou para a história do poker nacional no ano passado ao se tornar o grande campeão do Main Event da WSOP Brazil. Professor de matemática, o carioca faturou o prêmio principal de R$ 1 milhão e também conquistou um dos anéis da série.
Além da premiação, Jordan levou também a vaga para o WSOP Global Championship, evento que ocorre anualmente. O torneio é restrito para jogadores que conquistaram um anel de campeão da WSOP no ano anterior, ou que ficaram entre os 100 melhores no ranking de Jogador do Ano da série mundial.
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Nos Estados Unidos, Jordan voltou a fazer bonito, sendo inclusive o responsável por estourar a bolha do torneio, quebrando o AA do oponente. Eliminado na sétima colocação, o brasileiro faturou quase US$ 36 mil, seu segundo melhor resultado ao vivo da carreira.
Jogando o Main Event da WSOP Brazil 2019, Jordan deu entrevista ao SuperPoker falando sobre a performance no Global Championship e as mudanças na vida desde que foi campeão. Confira.
O que passou pela sua cabeça ao retornar a esse salão?
Pensei em tanta coisa, aconteceu tanta coisa em um ano. São várias memórias, porque no dia a gente nem entende direito o que aconteceu, agora depois de um ano já dá para entender tudo com calma. São lembranças boas, que me deram muitas oportunidades durante esse ano, jogar torneios que eu não esperava jogar tao cedo, ir para Vegas. Teve o Global Championship, que foi uma experiência sensacional, e estamos aqui de novo tentando.
O que mudou na sua vida? Continua dando aula?
Continuo dando aula, todo mundo me pergunta isso. Dou aula três dias na semana e continuo grindando, um pouquinho mais caro do que no ano passado. Hoje em dia jogo um pouco mais caro que no passado, fiz um coach com o Piv [Felipe Boianovsky], estudo por uma escola online. Tenho a mesma rotina do ano passado, grindo três dias e dou aula três dias, mas hoje em dia tenho acesso a torneios mais caros.
Muitos alunos seus acompanharam a decisão na transmissão do SuperPoker. Como foi o retorno à sala de aula?
O torneio acabou na madrugada de quarta-feira e na quinta eu dei aula em Madureira, me receberam com festa, tinham coisas escritas no quadro, aplausos. Na sexta-feira foi mais surpreendente ainda, tinha um bolo com cartas, fichas de poker, notas de dinheiro fictício (risos), foi algo bem maneiro. Tive a oportunidade de colocar as turmas numa sala e falar do que aconteceu até eu chegar ali.
Um torneio assim não é ganho em um dia, sem anos tentando, trabalhando, quando acontece algo assim ficam pensando que é naquele dia que você ganhou algo. Tive a oportunidade de falar com eles que na verdade não é assim, são alunos de vestibular, que também estão em um ano de estudo, é legal. É um tipo de incentivo diferente, até para eles estudarem também, a mensagem no final acho que foi bem maneira.
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Você fez bonito também no Global Championship. Como foi a experiência?
Eu voltei de uma reta de Vegas que foi bem ruim, deu tudo errado, bem diferente do que eu esperava, porque sempre vamos com uma expectativa alta. Passei uma semana ou duas aqui no Rio quando voltei e aí teve o Global Championship, eu fui com expectativa zero, bem diferente de Vegas. Primeiro que eu não sabia como era o cassino, sabia que era uma cidade mais do interior, estava indo até lá para jogar um torneio só… em Las Vegas tinha jogado 20 torneios e tinha dado tudo errado.
Mas só de chegar lá foi muito diferente do que eu imaginava. O lugar é muito bacana de belezas naturais, montanhas, rios, bem diferente de Las Vegas. O cassino tem uma estrutura que eu não imaginava, é um dos melhores que eu já entrei e olha que passei 40 dias em Las Vegas. A organização do torneio, dealer, floor, direção, é bem diferente de Vegas, porque lá quando enche muito eles chamam gente que nem é dealer, mas lá todo mundo estava no nível dos dealers do Brasil, que pra mim são os melhores.
No início, tudo me surpreendeu. Daí eu só joguei esse torneio e as coisas foram funcionando. Quando fui ver, estava perto da bolha, até dei uma bad na bolha, quebrei um par de às, então praticamente me salvou Vegas a reta. Até falei com o Alisson [Pereira], brasileiro que estava lá comigo, que tenho intenção de voltar para lá ano que vem. Provavelmente não para jogar o torneio de US$ 10 mil, que é muito caro, mas do WSOP Circuit dos Estados Unidos é um dos que mais enche pelo que falaram, então vale muito a pena. Estrutura muito boa, organização, tudo vale muito a pena. Foi uma experiência bem legal.
A WSOP Brazil contará com transmissão AO VIVO do SuperPoker nos dias 15, 16 e 17 de setembro. Sempre com início às 13h30 (horário de Brasília). Não perca todas as emoções da decisão do Main Event.
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