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Heads-up do Evento #111-High do SCOOP
Heads-up do Evento #111-High do SCOOP

“$w4g4l1c10u$” foi um dos diversos jogadores que alcançaram o feito de conquistar dois títulos na maior edição da história do SCOOP (Spring Championship Of Online Poker). A história do jogador de Malta se destaca por diversos fatores.

O mais notório foi por vencer dois eventos na versão mais cara da série, a High, Evento #41 e Evento #111. A segunda vitória veio em um heads-up contra ninguém menos que um dos principais nomes do poker brasileiro, o craque Thiago Crema. O campeão ainda iniciou o confronto final em desvantagem.

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Se já não bastasse todas as adversidades de um torneio de poker e das já retratas, o jogador identificado como Luc B, teve um dia caótico entre a classificação para o Dia 2 e o título. Ainda na reta final do dia inicial, a filha de apenas 17 meses começou a passar mal e não conseguia dormir. É importante lembrar que o fuso horário é de cinco horas à frente do brasileiro, então já era 1h da manhã no local em que ele jogava.

“É intervalo e posso ouvir meu bebê gemer e gritar, apesar da minha parceira fazer o que pode. A criança não dorme há nove horas agora, ela está exausta, mas muito desconfortável”, relatou o jogador ao blog do PokerStars.

O jogador estava jogando as duas últimas mesas do dia quando chamava uma ambulância para levar a filha ao hospital. Enquanto a parceira saía com o bebê, o jogador prometeu que instantes estaria junto com elas. Durante a reta final do dia inicial, Luc contou que discutia com ele mesmo se estava fazendo o certo permanecendo em casa ou se devia ter ido com eles.

O Dia 1 terminou às 4h, o jogador foi até o hospital e recebeu a notícia que ambas não iriam sair do hospital até que os exames de COVID saíssem. Após o teste ter dado negativo, Luc assumiu o lugar da parceria para ficar de acompanhante da filha no hospital.

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Sabendo que iria passar a noite no hospital, o jogador levou um notebook e às 20h30 começou a pensar no Dia 2 e o torneio iria reiniciar em meia hora. O maltês levantou alguns pontos interessantes. “Laptop de baixa qualidade que não uso há mais de um ano: ok! WiFi do hospital que me desconecta a cada 30 minutos: ok! Praticamente sem dormir nas últimas 30 horas: importante ok!”.

As horas seguintes foram um olho no bebê e outro na mesa. Mesmo longe das melhores condições de disputar um torneio deste nível, o jogador alcançou a decisão. “Chegamos à mesa final. Sou o segundo em fichas, o chip leader está enorme e há vários pequenos stacks. No geral, é uma distribuição de fichas bastante extrema”, salientou.

Luc alcançou o heads-up. “Chego ao heads-up e tenho o menor stack. Decido arriscar e pergunto: ‘quer ver números?’ Ele aprova! Mal sabe ele sabe que está jogando com um zumbi, que dormiu após apostar no flop pelo menos seis vezes durante a mesa final, apenas para que o software apite para acordá-lo no turn”, o competidor continuou. “Ainda bem que ele não sabe tudo o que precisa, se não se apressasse, acabaria adormecendo com o teclado. Ele venceria por nocaute técnico”.

Mesmo com todos os obstáculos, o jogador conseguiu a vitória. As notícias boas não pararam por aí. Logo pela manhã, a filha recebeu alta e não voltou a ter os mesmos problemas.

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