O prêmio de Jogador da Etapa, ou seja, aquele jogador que vai melhor nos torneios paralelos, só foi introduzido neste BSOP100, em Foz do Iguaçu. Pior para Paulo Gini. Se o ranking tivesse existido nas duas últimas etapas, em Recife e São Paulo, ele teria terminado no topo em ambos, mostrando uma regularidade incrível durante os torneios e ocupando a quarta posição no ranking ao começo da etapa.
No BSOP100, ele começou bem a busca pelo tricampeonato, conquistando a terceira colocação no Start-Up, evento que deve dar o maior número de pontos entre os paralelos. No entanto, segundo o próprio Paulo, terminar pela terceira vez no topo é “quase impossível”, considerando a quantidade de pontos obtida por Hugo Marcelo, campeão do Start-Up. A situação ficou mais “difícil” ainda para ele, pois passou para o Dia 2 do Main Event e perdeu a chance de jogar o Knockout Freezeout e o Turbo Knockout.
Em entrevista ao SuperPoker, ele comentou o recente desempenho e a criação do Jogador da Etapa. Confira.
Tendo sido o melhor nos paralelos nas duas últimas etapas, o que você achou da ideia do Jogador da Etapa?
Super legal, né? Mais uma coisa para a gente disputar, eu já corro o BSOP todas etapas há dois, três anos, e estou sempre brigando pelo top 10. Este ano já estou um pouquinho melhor, entre os quatro, e até vieram falar comigo antes de anunciar, achei muito legal. Quase impossível ganhar três vezes seguidas, sei disso, mas achei super interessante, um incentivo a mais para os jogadores participarem dos paralelos.
Você começou bem, com o terceiro lugar no Start-Up, dá para buscar o tricampeonato?
Eu fiz uma conta e essa etapa tem bem menos paralelo que as outras. Como esse torneio Start-Up é, provavelmente, o que vai dar o maior field, vai dar o cap de pontuação que é 520 para o primeiro, eu joguei mega focado, muito focado mesmo, para chegar na FT e na FT tentar ao máximo possível ganhar. Eu acredito mesmo que é difícil tirar do Hugo [Marcelo] o prêmio de Jogador da Etapa, só se alguém runnar a vida nos outros torneios. Esses 520 pontos é a pontuação que eu fui o Jogador da Etapa em São Paulo e Recife, então acho bem difícil, mas vamos ver. Eu não gosto de deal, não faço, os caras sabem que sou chato pra isso, mas pensei em fazer deal no Start-U porque sei que o Luiz [Duarte] e o Hugo não jogam todos os paralelos, então travar a pontuação ali me daria uma vantagem grande sobre os outros, Affif, Mesqueu, que correm os paralelos. Mas daí eu pensei ‘quer saber? vamos pro pau, buscar aí os 520’. Não deu certo, mas estou feliz com os 360 pontos.
Qual a característica mais importante para se dar bem nos paralelos?
Eu acho que a maioria das pessoas vai para o paralelo não tão focada como no Main Event. Eu fazia isso também, mas no ano passado joguei ‘treinando’ para ser campeão do ranking, mas sem estar disputando o ranking. Nas últimas três etapas eu falei ‘vou grindar o BSOP e vamos ver no que dá’. Nisso, eu joguei muito com o Kelvin, Affif, Kamei, Zidane, fiquei observando o que eles faziam e eles não erram as mãos pré-flop. Eles tem uma seleção muito boa de mãos e jogam muito sério, sem brincar, fazer piadinha, ficar conversando. Acho que aprendi bastante com eles e estou aí tentando brigar com os tops, todos os meus ídolos aí no poker.
