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Paulo Gini - BSOP Millions
Paulo Gini - BSOP Millions

A disputa pelo título do Campeão Brasileiro no BSOP Millions merece adjetivos como empolgante, eletrizante, emocionante. Além de ser tudo isso, também foi sem precedentes. Marcelo Mesqueu, Affif Prado, Paulo Gini e Rodrigo Garrido disputaram o título com performances avassaladoras. O paulistano Gini, que acabou em terceiro, realizou um feito jamais visto no poker brasileiro no último capítulo dessa jornada.

Paulo Gini conseguiu a proeza de entrar na faixa de premiação em 15 torneios diferentes no BSOP Millions, de um total de 25 jogados. O aproveitamento foi de 60%. O retorno do investimento do paulistano, que não é jogador profissional, foi excelente. O próprio também disse que realizou poucos rebuys na maioria dos eventos.

Na cerimônia de entrega do bracelete para Affif Prado, que terminou como o Campeão Brasileiro de 2017, sobraram menções para o feito de Paulo Gini. O ex-presidente da CBTH e CEO do BSOP, Igor Federal, elogiou o desempenho do jogador para todo o público, que reconheceu o esforço de Gini e o aplaudiu.

“Quando o Igor Federal me chamou e disse que eu tinha feito algo histórico e que dificilmente alguém irá superar, fiquei plenamente satisfeito e com sentimento de dever cumprido. Joguei em 10 dias 25 torneios, consegui 15 ITMs e com pouquíssimos rebuys. Tive que suar de verdade a camisa jogando algumas vezes três torneios ao mesmo tempo. Foi insano e não recomendo isso pra ninguém (risos)”, disse Gini.

Paulo Gini, Affif Prado, Marcelo Mesqueu e Rodrigo Garrido - Crédito: Carlos Monti
Paulo Gini, Affif Prado, Marcelo Mesqueu e Rodrigo Garrido – Crédito: Carlos Monti

O resultado final de Paulo Gini no BSOP Millions foi de 920 pontos. Isso o ajudou para assegurar a terceira colocação do ranking. Ele tinha começado a última etapa 610 pontos atrás do então líder Marcelo Mesqueu e terminou a 199 do campeão Affif Prado. O catarinense, que também teve um desempenho irrepreensível, somou 865 pontos em 10 premiações.

“Ano passado tive um bom final de ano também e olhava o Kelvin, Zidane e Affif naquela correria no Millions e brincava que eu estava treinando para brigar pelo título em 2017. Acho que o título é consequência de um longo e constante trabalho. Vou jogar ano que vem e se tiver capacitado para ser campeão na última etapa irei preparar a correria novamente”, contou o terceiro colocado.

Paulo Gini já havia terminado em 7o lugar no ranking em 2016 e colocou o nome entre os melhores da temporada pelo segundo ano consecutivo. Foram seis troféus conquistados. Melhor que todo o merecido reconhecimento que está tendo desde a conclusão do Millions, foi a amizade que cultivou com os “rivais” nessa intensa caminhada.

“Foi uma disputa sensacional, não entre quatro concorrentes, mas quatro amigos. Até criamos um grupo de WhatsApp onde atualizávamos diariamente nossas posições. Acho que no final, qualquer um dos quatro que fosse campeão teria sido por mérito. Espero que em 2018 os concorrentes ao título se espelhem na nossa disputa e se divirtam o tanto quanto nós”, completou Gini.

Suceder Affif no ano que vem ainda não é a meta principal do regular. “Meu sonho é que o longo prazo chegue logo e que eu consiga um ou alguns big hits em 2018”, emendou. Com impressionante regularidade nos eventos e disciplina para continuar nesse ritmo, é fácil vislumbrar que o futuro reserva bons momentos para o recordista Paulo Gini.

Foster e Paulo Gini
O melhor resultado de Gini no BSOP Millions 2017 foi o vice do NLH Turbo 4 Blinds