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Pedro Padilha - Evento 53 - WSOP
Pedro Padilha.

As redes sociais ajudaram na aproximação das pessoas. Hoje, fãs podem acompanhar a rotina dos ídolos e até mesmo conversar e interagir com suas referências. Com as ferramentas disponibilizadas nos aplicativos, essa proximidade ficou ainda maior, já que os seguidores podem fazer perguntas e até mesmo pedir dicas para a personalidade que admira.

Na comunidade do poker, grandes profissionais estão utilizando das redes sociais para tirar dúvidas e até mesmo aconselhar pessoas que estão iniciando ou que possuem dúvidas sobre a carreira de um profissional do esporte. Ontem (5) e hoje, foi a vez do craque Pedro Padilha reservar um tempo para responder os seguidores. Em uma nova fase na carreira, o craque foi questionado sobre os passos dado, rotina e diversos assuntos pessoais.

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Logo no início, Padilha foi direto com um fã que pediu ajuda com a vida no poker. “A pergunta é se você ajuda ou está procurando uma fórmula de sucesso? 90% das pessoas que entram em um time de poker ou procuram um coach ou estão esperando um segredo, um macete ou coisas do tipo. Quando percebem que no poker o tal ‘pulo do gato’ é trabalho, trabalho, trabalho, estudo, estudo, estudo, transpiração, entrega, abrir mão de horários e dias convencionais de trabalho, respirar isso 29 horas por dia, menos tempo para amigos, família, sofrer com variância por longos períodos e etc… poker deixa de ser tão atrativo para a maioria. Então, a grande pergunta é o que alguém pode fazer para te ajudar que você não pode já estar fazendo sozinho?”.

Pedro Padilha - Evento 44 - WSOP
Pedro Padilha – Evento 44 – WSOP

Questionado sobre se é possível chegar aos limites mais altos jogando apenas por conta, o profissional esbanjou sinceridade. “Sim, é possível chegar sem um time, mas acho impossível se manter sem investir em coach. Mesmo sendo possível é muito difícil, é como uma viagem de 1.000 km, quem joga pra time vai de carro e que não joga vai de bicicleta”.

Outra pergunta muito interessante feita ao craque foi sobre o risco financeiro no início da carreira, já que iniciou jogando os limites mais baixos e para um time de poker. “Não sofri porque tomei uma decisão sabendo os riscos que corria, passei um tempo sem ver a cor do dinheiro, mas não sofri com isso porque fazia parte da escolha que fiz. No final das contas, não ter dinheiro por um tempo acabou sendo bom por me fazer focar 120% no trabalho e sem distrações”, respondeu.

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Padilha falou sobre sua principal virtude no gerenciamento da carreira. “Minha principal qualidade como gerenciador da minha carreira foi ter me aproveitado muito bem as oportunidade de aprender com quem era melhor do que eu em todos os aspectos”, e continuou falando sobre seu ponte forte no jogo. “Busco sempre me aprimorar em todos os aspectos. Se tivesse que citar uma coisa que sou melhor, seria o jogo short stack, principalmente, pós-flop”.

O jogador também se mostrou muito animado com a proximidade do BSOP Millions. Além de confirmar presença no evento, o craque falou que jogará todos os eventos de NL Hold’em.

Pedro Padilha - Main Event - WSOP 2019
Pedro Padilha – Main Event – WSOP 2019

Entre as últimas perguntas, o craque falou como foi a transição de sair de um dos maiores times do mundo, o 4-Bet Poker Team, até a fundação do Resenha Poker Team. “Quando sai, não tinha ainda definido se ia ter um time. Sai porque era o momento de evoluir em outros aspectos, ser mais independente em relação aos estudos e a minha carreira de forma geral. A oportunidade de poder investir em outros negócios dentro do poker como o time e outras coisas que estão por vir também pesou muito. Aproveitei demais a oportunidade de viver pouco mais de três anos no 4-Bet e em outros times que passei como o Akkari Team e Steal Team. Aprendi muito não só tecnicamente como sobre poker, mas também como negócio e sou muito grato”.