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Pedro Padilha - BSOP SP 2017
Pedro Padilha.

Em todas as edições do CBPE (Campeonato Brasileiro de Poker por Equipes), a escalação da seleção de São Paulo se destaca. Um dos grandes centros do poker no Brasil, a equipe do estado costuma entrar as competições como uma das favoritas, mas nunca conseguiu ir longe. Integrante do time nos últimos 3 anos, Pedro Padilha comentou o “estigma” dos paulistas.

“A situação incomoda”, resumiu. “Os comentários não, porque fazem parte, a galera tem que zoar mesmo, isso é o que torna legal esse campeonato. Mas incomoda no sentido de que a gente quer buscar, queremos um grande desempenho. Eu estou no terceiro ano aqui, então são três anos ouvindo falinha já (risos). Toda vez a gente vem com vontade de ganhar deles.”

Padilha explicou que a variância não é o único motivo pelas quedas precoces da equipes. “O principal é a variância mesmo, não tem outra explicação, todo mundo vem sempre com bastante vontade para jogar, focado”, explicou. “Mas além da variância, tem também a mandinga dos adversários (risos), é todo mundo torcendo contra nós sempre. Mas isso é bom que motiva a gente bastante também.”

O corintiano fanático chegou até a comparar a situação dos paulistas com a do seu time do coração. “Todas tem uma rivalidade grande com São Paulo, é como se fosse o Corinthians no futebol brasileiro, todo mundo quer ganhar da gente (risos). Mas acho que Ceará, Rio de Janeiro e Santa Catarina são as maiores rivalidades”.

Pedro Padilha - BSOP SP 2017
Pedro Padilha – BSOP SP 2017

Assim como Kelvin Kerber, Padilha explicou que a ausência de um prêmio monetário para os campeões não diminui a vontade de vencer a competição. “A motivação vem do jogo, de competir com grandes amigos, tem aquela rivalidade. O que motiva é vir aqui e representar nosso estado, participar dessa festa bonita do poker.”

A escolha dos jogadores para os diferentes formatos que compõem o CBPE aconteceu de forma natural. “O Decano, que está jogando o heads-up, é o mais experiente nesse formato, mas acho que a nossa seleção é boa como um todo. Só no PLO que não temos nenhum especialista, mas o Luiz [Duarte] vai muito bem. No 6-max e 9-handed acho que qualquer um que entrasse faria bonito.”

Focado no poker online nos últimos meses, Padilha também falou sobre o ritmo de estudos e o grind nos feltros virtuais. “Estou vivendo um momento muito bom, grindando bastante, estudando muito. Agora é aproveitar mais ainda e me preparar bem para a chegada do WCOOP (World Championship of Online Poker), que é o segundo momento importante do ano. Vou jogar uns lives também, talvez vá para a Argentina, talvez Barcelona, então o trabalho não pára.”