Antonio Esfandiari, também conhecido como “The Magician”, é um dos maiores nomes do poker mundial. Com cerca de US$ 27,6 milhões em premiações ao vivo, ele é o quarto na lista de mais premiados de todos os tempos. É justo observar, no entanto, que mais de US$ 18 milhões vieram na vitória do Big One for One Drop, em 2012, um dos três braceletes de WSOP do craque.
Presença frequente nos maiores torneios e também maiores mesas de cash game do mundo, ele destacou que a WSOP é diferente de tudo isso. “É como se fosse o Super Bowl [final da liga de futebol americano], continua sendo um jogo de futebol americano, mas é o Super Bowl, então existe esse elemento que não pode ser ignorado”, explicou. “É a World Series of Poker, você pode não jogar outros eventos durante o ano, mas com a WSOP você se sente emocionalmente conectado. Essa é a Meca do poker, então todos têm que fazer parte disso.”
Ele falou também sobre a vitória no Big One, momento decisivo em sua carreira e que o colocou definitivamente sob os holofotes do cenário do poker mundial. “Muita coisa mudou”, contou. “Foi um grande momento para mim e minha família, nos deu mais liberdade para não precisarmos nos preocupar tanto com dinheiro, é uma sensação boa. Mas minha vida já era bem boa antes disso.”
Perguntado se a vitória trouxe também o famoso “bragging rights”, expressão americana que pode ser traduzida como “o direito de se achar”, ele prontamente diminuiu a importância desse aspecto e aproveitou para cutucar a falta de modéstia de Phil Hellmuth. “Isso não não! Eu sou o Antonio, não o Phil Hellmuth, há uma grande diferença.”
Esfandiari revelou não ter opinião formada sobre o fim do November Nine, mas elogiou a organização da WSOP por tentar algo novo. “Não sei, porque ainda não chegamos lá”, contou. “Eu sei que a minha carga de trabalho aumentou, porque estarei comentando a transmissão, então não existe aquele período de três meses para estudar os jogadores, para mim pessoalmente será mais trabalho. Mas acho que é bom mudar as coisas, fazer assim por alguns anos e depois ver qual formato é o melhor.”
Raramente os jogadores apontam quem consideram ser o melhor jogador do mundo, preferindo citar um conjunto de jogadores que admiram. Para o craque, no entanto, a resposta estava na ponta da língua. “Brian Rast, acredito que ele é o melhor jogador no geral”. Ele ainda acrescentou que, para os jogadores de primeiro escalão, a chave para melhorar o desempenho está em melhorar a condição física e mental: “yoga e um estilo de vida saudável, esse é o caminho”.
Como já virou tradição nas entrevistas de craques gringos para o SuperPoker, perguntamos a opinião de Esfandiari sobre o Brasil. Foi o único momento em que ele abriu um sorriso. “Eu gosto dos brasileiros em geral, fui lá no Carnaval e foi ótimo”, contou. “Gostaria de poder contar tudo que passei lá (risos). Fui quando era solteiro e as mulheres são maravilhosas, foi uma experiência incrível.”
O Bodog é o patrocinador oficial da cobertura do SuperPoker na World Series of Poker 2017