Quem? Raymond Henson lidera o ranking de Jogador do Ano da WSOP 2017; fórmula segue sob ataques

O atual líder do ranking de Jogador do Ano da WSOP 2017 é o americano Raymond Henson. Se você nunca ouviu falar o nome dele, não se preocupe, não é culpa sua. Ele chegou a essa posição sem aparecer nas manchetes dos principais sites de poker mundial desde o começo da série, já que não foi campeão de nenhum evento.

Isso não quer dizer que Raymond não seja um bom jogador, ou que não tenha muito mérito em estar na liderança. Afinal, nesta edição da WSOP, ele já terminou duas vezes na terceira posição (Eventos #46 e #24) e uma vez na sétima posição (Evento #38).

Além disso, conquistou mais quatro pequenas premiações (Eventos #5, #11, #18, #33), já tendo conquistado mais de US$ 220 mil em premiações nessa edição da série, levando suas premiações ao vivo na carreira para cerca de US$ 2,4 milhões.

Em segundo lugar no ranking de Jogador do Ano está Ryan Hughes, jogador que também está longe de ser um dos mais conhecidos, apesar de possuir quase US$ 2 milhões em premiações na carreira. Na WSOP 2017, seu melhores resultados foram um quinto lugar no Evento #15, além de um sétimo lugar no Evento #44, um décimo lugar no Evento #7 e mais várias pequenas premiações.

Ambos são sintomas de uma fórmula de contagem de pontos que foi criticada logo no começo da WSOP e não parou de sofrer ataques desde então. O argumento de quem reclama é que o sistema é muito generoso com quem faz várias premiações em eventos menores e não recompensa de forma adequada as vitórias e bons resultados em fields teoricamente mais habilidosos.

Um dos principais “reclamões” é Daniel Negreanu, atual quarto lugar no ranking, que questiona a diferença no nível dos fields e a falta de valorização dos títulos. No Twitter, ele escreveu frases como: “o sistema de pontos deveria refletir a maior dificuldade de premiar em um evento de $10k contra um evento de $565. Realmente não reflete. O problema com o sistema é que 4 cashes mínimos em um field de 600 pessoas são iguais a uma vitória em um field de 600 pessoas.”

Ele não parou por aí. “Ray [Benson] está tendo uma ótima série, mas ele mesmo entende que é estúpido ele estar tão à frente de Obst [James Obst, australiano que está em terceiro]. É muito difícil de ganhar sem acumular pontos grátis por pequenas premiações no Colossus e outros torneios.”

Outro dos que, desde o começo da série, não para de questionar a fórmula é Mike Matusow, o que não é exatamente uma surpresa, já que o profissional conhecido como “The Mouth” é famoso por reclamar de basicamente tudo. “Com 3 FTs nos de $10K e um 10º lugar no $3k H.O.R.S.E, eu premiei em 4 dos 12 torneios que joguei na WSOP e estou em 58º no ranking”, escreveu Matusow. “Se eu ganhar um $10k e fazer mesa final em outro, ainda não chegarei ao top 5, mas farei isso de qualquer forma”.

O jornalista Lance Bradley, editor do site PocketFives, aproveitou que Abe Mosseri estava entre os finalistas do Evento #48 (US$ 10.000 Seven Card Stud Hi-Lo Championship) para acrescentar um dado interessante. “Se Abe Mosseri ganhar o Evento $10k Stud 8 Championship, será o segundo bracelete dele nos eventos de $10k nesse verão. Ele pularia para 46º no ranking de Jogador do Ano.”

A discussão provavelmente se prolongará até o fim da série. Enquanto alguns tomam o lado de Negreanu e Matusow e acham um absurdo a atual fórmula, outros defendem que o sistema é bom para premiar a regularidade e dar àqueles que não jogam os eventos caros uma chance de terminarem no topo. E você, de que lado está?

O Bodog é o patrocinador oficial da cobertura do SuperPoker na World Series of Poker 2017

Confira abaixo o top 10 do ranking e a lista completa nesse link.