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Roberly Felício
Roberly Felício

O campeão mundial Roberly Felício é um dos jogadores presentes no BSOP Rio Quente. Goiano de Anápolis, que fica a 200km de Caldas Novas, local em que está sendo realizado o evento, o recreativo está se sentindo em casa na etapa.

Apesar de não ter conquistado nenhum ITM, até o momento, e não ter garantido lugar no Dia 2 do Main Event, Roberly é só alegria nas mesas. Sempre conversando e tirando fotos com as pessoas nos corredores e salão.

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Em entrevista ao SuperPoker, o campeão mundial falou sobre a responsabilidade de jogar uma etapa em casa, a preparação para a WSOP e como está aproveitando o espaço. Confira:

Como é estar jogar um BSOP em casa?

É uma alegria muito grande. Até fiz um post para o pessoal que está chegando, bem-vindo ao cerrado BSOP! É muito bom sentir em casa, jogar em casa, em um lugar lindo e maravilhoso.

Roberly Felício - BSOP Rio Quente
Roberly Felício – BSOP Rio Quente

Como está a expectativa para o BSOP Rio Quente?                             

Não quero ser repetitivo, mas é uma alegria enorme receber todos os amantes do nosso esporte aqui em Goiás, em uma estrutura maravilhosa. Aqui, no Rio Quente, além de praticar o poker, você ainda tem a oportunidade de trazer toda a família. Eu, por exemplo, passo o dia inteiro brincando com o meu neto. É uma etapa de família, além de eu me sentir muito bem jogando em casa, você percebe as pessoas mais alegres.

Outro ponto bacana dessa etapa, é encontrar as pessoas além das mesas e dos corredores dos torneios. É muito bom saber que toda essa estrutura está aqui em Goiás.

Qual o tamanho da responsabilidade de ser um dos principais representantes dos recreativos, campeão mundial e jogando em casa?

O peso é muito grande. Aproveito a oportunidade para discordar de um profissional brasileiro que disse certa vez que o bracelete havia perdido o brilho, que não é um objeto de tanto desejo de muito jogadores. Eu discordo totalmente dele por um motivo, ele não tem um bracelete, pois se tivesse, veria o tamanho da responsabilidade que ele traz e um reconhecimento muito grande.

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O reconhecimento é interessante porque ele nos coloca como exemplo e também um referencial pra muitos jogadores recreativos, que me olha e me veem como um deles e pensa que também podem alcançar esse objetivo. Isso faz com que o esporte cresça muito.

Jogar em casa, receber da minha comunidade goiana e também da comunidade brasileira o abraço, o reconhecimento, o pedido de foto, não tem preço. Eu me sinto feliz demais. Não sabia que esse bracelete poderia me fazer tão bem, me sentir tão querido, tão aceito pelas pessoas, não tem preço. E isso foi o bracelete que me deu.

Como está a expectativa para a WSOP?

Pra mim, esse BSOP é muito importante, pois é uma preparação para o mundial. Na minha opinião, o Brasil tem hoje os melhores jogadores do mundo, se não formos os melhores, estamos entre eles. Você vir jogar aqui é uma preparação muito boa. Eu abandonei os livros esses dias para empenhar no jogo. Viajo na próxima quarta-feira e fico até o torneio dos campeões, que acontece depois do Main Event.

Roberly Felício - BSOP Rio Quente
Roberly Felício – BSOP Rio Quente

Quantos torneios você pretende disputar?

Tudo depende muito de como vai ser o desempenho nos torneios. Eu selecionei de doze a quinze eventos, mas isso se não der nada certo. Vou obedecer o período de descanso também, o que é muito importante, mas a reta já está toda preparada e sonhando em fazer história novamente.

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Como é retornar a WSOP um ano depois de sagrar-se campeão mundial?

É tão interessante isso, pois o tempo passa tão rápido, parece que foi ontem. A expectativa é muito grande, me sinto muito mais preparado. No ano passado, quando eu fui, eu tinha a ideia que podia dar certo, mas esse ano estou bem mais tranquilo, ciente da responsabilidade de você chegar com o bracelete, ver sua foto no folder de campeão do evento. Isso pesa, mas sou meio maluco, quanto mais responsabilidade, melhor eu jogo.

Estudou muito para se preparar para a série?

Eu vou confessar um pecado. Depois que fui campeão, fiquei com um sentimento que não deve existir, de achar que sabia mais que realmente sabia. Em determinados momentos, imaginei que podia fazer jogadas avançadas, mas eu ainda não estava pronto. Isso não foi bom pra mim, voltei para a casinha, voltei ao meu jogo “café com leite”. Com isso percebi uma coisa, quando estou na defensiva consigo jogar melhor, mas nesse período eu passei a atacar muito, de querer passar a imagem do campeão e não foi muito bom. Ter percebido isso e entender que tenho muito que crescer, fez meu jogo melhorar. Estar consciente disso, me faz estar mais forte para estar em Las Vegas e representar meu país.

Você acompanha tudo que acontecer na etapa aqui no SuperPoker e nas nossas redes sociais. Na segunda e terça-feira (27 e 28), a partir das 14h30, estará no ar a transmissão AO VIVO da reta final do Main Event, não dá para perder! Os amantes do esporte da mente também podem acompanhar a transmissão mão-a-mão no Mebeliska.

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