Na WSOP do ano passado, dezenas de jogadores deixaram o Rio Hotel & Casino com um sorriso no rosto, mas ninguém tinha mais motivos para comemorar do que Scott Blumstein. O americano foi o grande campeão entre as 7.221 entradas do Main Event, levando não só o bracelete especial e o prêmio de US$ 8.150.000, mas também colocando seu nome pra sempre na história do poker mundial.
Por outro lado, a partir daí o americano não se dedicou muito ao jogo. Seu perfil no HendonMob registra apenas seis premiações em torneios ao vivo desde a vitória, sendo que dois dos resultados foram em torneios para convidados. A ausência nos panos foi um dos assuntos da entrevista de Blumstein ao SuperPoker.
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Em um dos breaks do Evento #39, ele falou sobre a emoção de ganhar o título, explicou o que fez desde a vitória e ainda revelou qual foi a primeira coisa que comprou com o prêmio milionário. Confira.
Como foi passar esse ano como campeão do Main Event?
Tem sido um ano incrível, só de entrar no Rio e ter todo mundo conhecendo você é uma experiência inacreditável, dá uma adrenalina.
Qual foi a sensação ao ver seu banner pendurado nos salões?
Foi bem surreal. Você não consegue se preparar para algo assim, eu tento não pensar muito sobre isso, porque é algo tão estranho, que se eu pensar muito pode atrapalhar minha cabeça. O que posso dizer? Fiquei com calafrios.
Qual foi a primeira coisa que você comprou com o dinheiro?
Eu não comprei nada muito maluco. Primeiro comprei um carro, recentemente comprei uma casa, então tentei investir em coisas que durarão um longo tempo, mas fora isso estou vivendo a mesma vida que tinha antes, para ser honesto.
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Você pretende entrar no mundo dos High Rollers ou está satisfeito assim?
Eu acho que estou bem não jogando os High Rollers. Se eu sentir que estou no lugar certo, mentalmente falando, posso tentar alguns em breve, apenas para ver se consigo enfrentar os melhores, mas não é uma grande prioridade. Quem sabe um dia, talvez quando eu ficar mais velho e um pouco mais sábio (risos), essa pode ser a hora.
Sente que as pessoas querem jogar mais contra você?
Definitivamente. É estranho, porque no ano passado ninguém se importava sobre quem eu era, mas agora se importam. Com certeza, eles tentam jogar mais contra mim e por isso preciso me adaptar. Mas é legal, estou me divertindo neste verão, todo mundo tem sido simpático, nenhuma situação ruim, estou apenas jogando poker.
Você acredita que não ter o November Nine no ano passado te ajudou?
Isso é algo interessante para analisar, eu acho que me ajudou de certa forma. Eu queria que demorasse um pouco mais, talvez quatro dias ao invés de dois, para você conseguir descansar mais, mas na questão do poker eu acho que me deu um certo edge. Acho que consegui analisar bem o que precisava fazer no tempo que tive, e se você der dois meses para todo mundo, eles podem se preparar e têm uma chance maior de te vencer.
Desde a vitória, você pouco apareceu nas mesas, qual o motivo?
Eu não joguei muito poker desde a vitória, para ser honesto. Tenho focado na minha saúde, eu quis fazer disso uma prioridade. Se você é um profissional, principalmente de limites caros, isso mexe com as suas emoções, cair de um torneio nunca é uma sensação legal. Então para poder conquistar o que eu quero, eu quero estar na minha melhor condição mental, então estou pegando leve com o poker. Algumas pessoas ganham o Main Event e começam a jogar tudo, mas para mim não é sobre isso, estou apenas aproveitando a vida e tentando descobrir o que fazer com o meu tempo.
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