Quando a premiação do Super High Roller do Casino Iguazú foi divulgada pela organização, ficou definido que apenas 18 jogadores entrariam na faixa de premiação. Como o buy-in foi de US$ 5.000, os primeiros premiados depois da bolha levariam US$ 11.000. Porém, quando o telão do torneio registrou exatos 20 jogadores, começaram pedidos de acordo.
Segundo os próprios jogadores que estão acostumados a jogar na região, esse tipo de acordo é comum. Alguns começaram um lobby para salvar o 19º e o 20º colocado. Nesse caso, a direção obriga os jogadores a realizarem uma votação com cartas fechadas para concretizar a proposta. Só que nesse momento, o jogador Bruno GT já se opôs logo de cara, sem votação, e o jogo prosseguiu.
Pouco tempo depois o uruguaio Brian Kaufman, com poucas fichas, foi all in com 88 e encontrou o AA do brasileiro Ivo Chiodi pela frente, caindo na 20ª colocação. Foi o suficiente para a discussão de acordo ser retomada. Um grupo de jogadores sugeriu que fosse repassado US$ 1.000 do 1º lugar ao 10º lugar para o 19º colocado ser contemplado com US$ 10.000.
A direção acatou o pedido e começou o processo de votação. Cada jogador recebe uma carta preta e uma vermelha. Quem fosse a favor do acordo, deveria entregar ao dealer a carta preta (virada para baixo). Nas duas primeiras mesas, todos votaram sim. Só que na terceira e última mesa, um voto foi não e o diretor Marcus Junior deu sequência ao torneio.
Bastou o acordo não ser efetuado que a bolha estourou. O jogador paraguaio Marcelo Filartiga, que já foi vice-campeão de uma etapa do BSOP, shovou sete blinds com AT e recebeu o call do brasileiro Alcione Pollermann com 77. O flop mostrou 669 e o turn veio um 7, deixando o paraguaio sem chance nenhuma no river, que bateu outro 9 só para constar.
Assim, sem acordo, 18 jogadores conseguiram garantir ao menos US$ 11.000. Assista como foi o passo a passo da bolha do Super High Roller:
