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Tá na Mão Online - Fábio Freitas
Tá na Mão Online - Fábio Freitas

Ontem (31), chegou ao fim o Main Event da High Roller Series com a vitória do uruguaio Francisco “Tomatee” Benítez. No Dia 2 do torneio, aconteceu uma mão muito interessante entre os brasileiros Fábio Freitas e Fabiano Kovalski, em que o recreativo acertou um difícil call contra o profissional. Relembre:

Seguindo com a proposta de continuar com um dos quadros mais populares do SuperPoker, o segundo convidado do “Tá na Mão Online” é Fábio, que vai contar o que o levou a efetuar o difícil call no river. Confira:

“É um torneio bem técnico, difícil de jogar, mas com os blinds de meia hora, dá para aguardar o momento certo. Meu stack estava ficando um pouco mais curto nessa mão, chegando perto dos 20 big blinds. Eu resolvo fazer mini raise com 87s em copas para jogar pós-flop mesmo, se eu tomo qualquer 3-bet eu vou foldar.

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O Kovalski, no small, e o big blind pagam e o flop vem 7-high com duas cartas de ouros. Os dois dão check e eu resolvo fazer o mesmo por dois motivos: o bordo está bem alinhado com os ranges deles e eles são ótimos jogadores, ali não tem mais bobo jogando e podem me explorar. Prefiro não c-betar e esconder a equidade da minha mão e avaliar melhor no turn.

Quando bate o 6 de espadas e o Kovalski sai liderando, eu pensei bastante para pagar, pois ele poderia ter 66, que eu estaria perdendo, ou os combos de draw com ouros e espadas. Fica uma mão bem close, pois ele é um jogador muito habilidoso, pra mim, é de longe um dos melhores do Brasil. Acho que ele pode fazer com esses combos, como ele sai forte no turn, pensei que ele estava nesse combo de espadas.

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Com o river tendo o T de ouros, ele faz uns 60% do pote e isso machuca demais o meus stack, se eu errar o call. Eu começo a avaliar e na minha cabeça me parece que ele está mais no combo de espadas mesmo ou trincado no seis. Como ele é um jogador muito habilidoso, ele pode estar me blefando, tem essa capacidade, porque meu check atrás me coloca em algumas mãos, principalmente, depois que eu dou o call turn, parece que estou no draw de espadas também. Isso ajuda ele tentar me blefar e o que me levou a pagar, achando que eu poderia estar na frente de alguma parte do range dele, que jogaria dessa forma. Foi um call bem difícil, colocaria o torneio em risco e no final não adiantou nada, pois acabei eliminado e nem entrei ITM”.

Se bate espadas no river e o size dele é o mesmo? Você opta pelo fold?

“Eu acho que sim, falar depois é fácil, mas acredito que foldaria e acho que com espadas o size dele não seja o mesmo. Não tenho tanta certeza, mas acho que ele acertando o flush, o size é maior, não vai perder a oportunidade de explorar. Até quanto que eu pago? Eu ficaria vivo com oito ou nove blinds. Se eu sou um jogador que dá o call e ficaria com esse stack, poderia fazer esse size mesmo e me obrigar a pagar mesmo, em mãos marginais que ele acertou o flush.

Eu acho que ele tentaria explorar mais, maximizar o ganho acertando o flush. Pensei nisso no momento do call, porque se ele tem o flush, porque não betou mais? Foi uma das coisas que pensei, ele poderia ter um combo de ouros na mão, acertando ele viria mais forte. Não sei se estou certo, mas foi o que eu pensei”.

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