Temisthon Lima é o rei do torneio Rivers no BSOP. O formato fez sua estreia no Millions do ano passado e, desde então, quatro torneios da modalidade foram realizados. Desses, Temisthon ficou com a vitória em dois. No BSOP Salvador, ele passou por um field de 47 entradas para levar o prêmio de R$ 10.170 e o bicampeonato, já que havia ganhado na última etapa, em São Paulo.
“Eu vim com esse objetivo, a minha pretensão era justamente ser bicampeão, porque acho que entendi a dinâmica desse jogo”, explicou o jogador de Maceió (AL). “Além de ter gostado muito, acho que consegui ver que é um jogo diferente e saber como funciona o valor das cartas. Quando estava na mesa final, ainda vi que tinha um argentino e disse que ele não ia ganhar de mim não (risos), porque na última ganhei de um americano.”
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O argentino em questão é Martin Piñeiro, que quase levou seu segundo título na etapa, tendo sido campeão do Start-Up. O Rivers é jogado de forma idêntica ao Texas Hold’em normal, mas com uma diferença. Ao invés de o river ser batido no board, cada jogador recebe mais uma carta fechada na última street, ou seja, cada um tem seu próprio river. Temisthon explicou como vê a estratégia do jogo.
“O Rivers tem uma diferença: se você deixar o par ir até o final, o par não tem valor. Os pares tem o mesmo valor, de A ou de 2, porque se você não trincar, ele não tem valor. Tanto que eu foldei um par de Q e ninguém acreditou, mas não tinha valor, tinha uma sequência aberta, o jogador ainda vai puxar mais uma carta, que não vale para mim. Acho que essa é a grande sacada do jogo, na minha concepção.”
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Após ficar três anos sem jogar o BSOP, Temisthon retornou para as mesas do maior circuito de poker do hemisfério sul ainda mais preparado. O recreativo comemorou a realização de mais uma etapa no Nordeste brasileiro. “É o melhor torneio do Brasil, pessoal muito educado, profissional, acompanhamento excelente”, exaltou. “Acho que é preciso valorizar mais o Nordeste, entender as diferenças. É claro que São Paulo é o maior centro e é natural que tenha uma arrecadação maior, mas acho que o Nordeste já provou sua força.”
Por fim, o campeão destacou que vem se esforçando para melhorar no jogo e deixou um conselho para quem gosta do esporte da mente. “Venho estudando o jogo, corrigindo os erros e tentando evoluir. Outra dica que dou é essa: não adianta querer ganhar sem estudar. Não tem aventura, jogo de sorte, muito menos de azar, como muitos pensam.”
Confira a classificação final
1 – Temisthon Lima – R$ 10.170
2 – Martin Piñeiro (Argentina) – R$ 7.030
3 – Piragibe Lindolfo – R$ 4.490
4 – Bruno Gazotto – R$ 3.440
5 – Leandro Ruy – R$ 2.690
6 – Gustavo Felix – R$ 2.090
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