Com pouco mais de US$ 3,4 milhões em premiações ao vivo, segundo o HendonMob, Kahle Bruns é o sétimo mais premiado da história da Austrália. A maior conquista veio na Triton Super High Roller Series de Macau, onde ele faturou US$ 1,3 milhão pelo terceiro lugar no Main Event.
Além de jogar caro nos torneios, tendo inclusive participado do último Super High Roller Bowl, Kahle também aproveita a proximidade geográfica com a Ásia para participar de cash games high stakes. Em 2018, ele jogou a Triton Super High Roller Series em Montenegro e chegou a participar do jogo que gerou os dois maiores potes da história do poker televisionado.
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No entanto, na última semana, Kahle não se destacou por suas conquistas, mas sim por um terceiro lugar. Ele foi o jogador envolvido no 3-handed do MSPT (Mid-States Poker Tour) contra Alex Foxen e Kristen Bicknell, que acabou em um heads-up entre o casal, mas com acusações de softplay nas redes sociais.
Abordado pela equipe SuperPoker na WSOP, Kahle disse que não comentaria a situação no MSPT, pois ainda não definiu sua posição pública sobre o assunto. Por outro lado, o australiano falou sobre diversos outros temas. Confira.
Como você faz para lidar com as emoções em jogos caros?
Eu tento apenas focar nos ranges e considerar um big blind como um big blind, não importando os limites que estou jogando. Acho que o único ajuste que faço em stakes maiores é pensar se os oponentes estão sentindo a pressão pelos valores ou não. Tirando isso, tento apenas tomar a melhor decisão em cada situação.
Enfrentar nomes como Phil Ivey, Tom Dwan, entre outros, te deixa intimidado?
Não intimidado, mas com certeza muito respeito pelo jogo das pessoas que eu estava enfrentando, que eram ótimos jogadores. Apenas tento jogar meu A-Game, não chego a me intimidar.
O poker online está em uma situação ruim na Austrália, o que você pode dizer sobre isso?
É, o poker online foi banido há pouco tempo, o que foi desolador para muitos australianos. No momento, existem pessoas lutando para liberar o poker online na Austrália novamente, então eu espero que isso avance ou os australianos terão que se mudar para continuar jogando online, o que não é nada bom.
Qual sua opinião sobre o Short Deck Hold’em?
Eu definitivamente acho que é algo que as pessoas deveriam começar a aprender. Está ganhando muitos adeptos, principalmente na Ásia, onde muitos jogos caros estão usando o Short-Deck, que obviamente traz muito mais ação do que No Limit Hold’em. É mais similar ao PLO, onde as equidades costumam ser próximas. O formato também conta com ante, o que também aumenta a ação e acho ser bom para os recreativos, então normalmente o que é bom para os amadores em grandes jogos costuma ser bom para os profissional, porque você quer manter o jogo rolando.
O que você pensa sobre o action clock?
Eu gosto do action clock, às vezes em pequenos torneios você vê pessoas pensando dois minutos para cada ação, demoram em situações desnecessárias, acho que não é um ambiente divertido para os recreativos.
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E o big blind ante? Também aprova?
Gosto bastante do big blind ante, porque economiza muito tempo. Tantas vezes, nos primeiros níveis do torneios, já existe a discussão de quem não colocou o ante. Isso é um desperdício de tempo, e o big blind ante resolve a questão.
Doyle Brunson se aposentou da WSOP neste ano, ele foi uma inspiração para você?
Eu o respeito bastante, ele é um dos “originais” do jogo. Está batalhando e jogando há muitos anos, quando quase ninguém conhecia certas variações do poker, e tem uma carreira vitoriosa, então fico feliz por ele.
Como é sua relação com outros craques australianos, como James Obst e Joe Hachem?
Eu tenho uma bom relação com ambos, são boas pessoas. Converso às vezes com James, jogo PLO com Joe, é uma comunidade pequena e unida na Austrália, então praticamente todo mundo se conhece.
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