Quando o Dia 3 do Main Event da WSOP 2017 voltou do dinner break, um grande stack, de aproximadamente 630 mil fichas, estava em um assento vazio. As fichas pertenciam a Joseph Stiers, que se classificou para o Dia 3 com o 13º maior stack, e foi desclassificado do torneio pela organização.
O problema é que, em 2015, Stiers foi pego contando cartas no blackjack do Baltimore’s Horseshoe Casino. Apesar de a ação não ser crime, o cassino tem o direito de proibir a presença de jogadores em sua propriedade. Assim, Stiers foi banido de todas as propriedades da rede Caesars, o que inclui o Rio Hotel & Casino e, consequentemente, a WSOP.
Mesmo banido, Stiers conseguiu criar um Player’s Card, documento necessário para se inscrever nos torneios, e deu o buy-in para o Main Event. Em seu Twitter, ele alegou ter mostrado um documento de identidade legítimo, apesar de ter usado seu nome do meio, Conor, para se inscrever.
A notícia logo se espalhou pelo Twitter, causando reações variadas. A maioria dos jogadores questiona a atitude de Stiers, de se inscrever mesmo sabendo do banimento, enquanto outros questionam o fato de a WSOP ter aceitado a inscrição de um jogador nessas condições.
Procurada pelo SuperPoker, a organização da WSOP disse que não tem comentários sobre o assunto no momento. No update oficial da série, foi noticiada a desclassificação do jogador: “quando os organizadores descobriram [sobre o banimento], o stack dele foi inutilizado e as fichas foram removidas do torneio. Ele deixou o local sem incidentes. O buy-in dele continua no prize pool, então as premiações não foram afetadas pelo incidente”.
O erro parece ter sido duplo. Do jogador, que se inscreveu no torneio sabendo que sua entrada em qualquer propriedade da rede Caesars não era permitida, e da organização, que supostamente deixou um jogador banido dar o buy-in e jogar o torneio, só percebendo a situação no Dia 3.
O Bodog é o patrocinador oficial da cobertura do SuperPoker na World Series of Poker 2017
