Para muitos jogadores, o dinheiro proveniente do poker não é a única motivação. Junto com as vitórias, eles conquistam também pontos para rankings como o do GPI (Global Poker Index), o mais prestigiado do poker mundial, onde conseguem se comparar com outros craques e buscar o topo da lista. Para Nick Petrangelo, no entanto, isso não importa.
O americano é um dos grandes nomes do poker mundial, possuindo US$ 11,7 milhões em premiações ao vivo, segundo o HendonMob. O mais recente resultado veio com a sexta colocação no Super High Roller Bowl, que rendeu US$ 900 mil, enquanto a maior premiação foi de US$ 1.015.335 pelo vice-campeonato no WPT Alpha8, que teve Fedor Holz como campeão. No online, sob o nick “caecilius”, Petrangelo também tem conquistas, como a vitória no High Roller do WCOOP 2017.
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Na WSOP 2018, Petrangelo está na disputa do Evento #5 (US$ 100.000 NLH High Roller), com um stack saudável até a publicação desta matéria. Durante um dos breaks do torneio, ele concedeu entrevista ao SuperPoker falando sobre a série, a grande fase de Justin Bonomo, o field dos High Rollers, o desdém por rankings e muito mais.
Mesmo para você, que joga High Rollers durante o ano todo, o começo da WSOP traz uma emoção diferente?
Sim, é empolgante. Eu gostei que eles começaram com o evento de US$ 100 mil, é um dos melhores torneios do verão, ótima estrutura, field grande, é bem raro ter um buy-in desse tamanho com um field grande, com tantos jogadores, é ótimo.
Qual sua opinião sobre o big blind ante e action clocks?
Eu acho que são duas coisas ótimas, todo torneio deveria ter isso. Acelera o jogo, você joga mais mãos por hora, acho que é algo bem necessário.
Como é jogar os High Rollers, onde a maioria dos oponentes se enfrentam regularmente?
Você precisa ter uma boa estratégia contra os regulares, porque eles são bons e trabalham muito em seus jogos. Você precisa estar afiado contra esses caras e prestar atenção nas nuances do jogo dos não-regulares, jogadores recreativos, amadores competitivos. Eles possuem diferente estilos e estratégias, que você precisa explorar. Então é uma combinação de jogar bem contra os regulares e explorar os regulares fracos e os recreativos.
O que você pode dizer sobre a fase de Justin Bonomo?
Eu joguei com Justin o ano todo pelos últimos três anos e ele sempre joga bem, trabalha muito no jogo, é óbvio que ele tem uma estratégia bem sólida e a executa muito bem.
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Qual foi seu melhor momento no poker?
Provavelmente um High Roller de US$ 100 mil que eu fiz heads-up com Fedor [Holz] em dezembro de 2016, foi muito divertido, a minha maior premiação, foi o que me fez começar a jogar os High Rollers com maior frequência.
Rankings como o do GPI servem como motivação ou você não pensa nisso?
Honestamente, eu nunca prestei atenção em coisas como o GPI, eu me importo em jogar o melhor que eu posso. Se eu sinto que estou jogando mal e tive erros, fico incomodado, é isso que me motiva, não ganhar pontos ou coisas assim.
Nos High Rollers existe uma certa rivalidade entre americanos e alemães. Como você vê isso?
Eu acho que todo mundo vê isso como algo grande, mas na verdade você só tem quatro ou cinco alemães que jogam High Rollers regularmente, acho que os dois grupos de jogadores são fortes. Não pensamos muito nisso, é algo divertido a se dizer, mas não é um grande fator, definitivamente não para mim. Existem grandes jogadores alemães e americanos, mas são fields pequenos e todo mundo é bom.
Podemos ver vários jogadores que entram em uma sequência de bons resultados. Quão importante é a confiança para um jogador de poker?
Confiança é, definitivamente, um fator, especialmente agora que os torneios tem action clock e você toma muitas decisões difíceis sob pressão. Se você está confiante, fica mais calmo e paciente, então é mais fácil tomar boas decisões, mas se as coisas não estão indo bem, você tem mais dificuldade em tomar decisões rápidas, então com certeza a confiança influencia.
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