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Rafael Moraes - Evento 13 - WSOP 2018
Rafael Moraes - Evento 13 - WSOP 2018

Durante o primeiro semestre deste ano, uma grande ausência foi sentida nos panos dos torneios brasileiros: o craque Rafael Moraes. Junto com sua esposa, a também jogadora profissional Lauriê Tournier, o sócio do 4bet Poker Team morou por quatro meses em Londres, com o objetivo principal de melhorar seu inglês.

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Distante dos torneios ao vivo, o “GM_Valter” do online aproveitou também para focar no jogo nos feltros virtuais e no estudo de poker, se preparando para o grind na WSOP. Inscrito no Evento #17 da WSOP, Moraes conversou com o SuperPoker no break sobre o período na capital londrina, o Big Blind Ante e mais.

Quatro meses depois, como você avalia o período em Londres?
Foi irado, um período bem diferente para mim e para a Lali. JOguei muito online, estudei muito e deixei o live de lado um pouco, nesse quatro meses, fui só para um evento, enquanto nos últimos três anos joguei vários eventos pelo mundo. foquei mais na minha evolução pessoal, em aprender inglês e curtir um outro país, o poker me proporcionou essa vibe, foi maneiro demais.

Do que você mais sentiu falta do Brasil?
Senti muita falta do clima do Brasil (risos), o clima lá era difícil, mas nos últimos dois meses e meio ficou bem bom. No verão e na primavera lá estava escurecendo às 21h, isso é muito louco, porque não temos isso no Brasil e o dia dura bem mais. Mas o que eu mais senti falta foi da família, amigos, e o jeito do brasileiro viver, lá todo mundo é muito fechado, focado em trabalho, é difícil fazer amizade. O brasileiro é muito feliz com menos, foi isso que eu mais senti, foi maneiro perceber isso, deu mais alegria ainda de ser brasileiro. Quando eu voltar para o Brasil, volto dando ainda mais valor a morar lá. Mesmo com todos os problemas que a gente tem, a nossa comunidade é muito unida, amigos, família, e os europeus acabam não sendo.

Rafael Moraes - Evento 60D - WSOP 2017

Ontem, você jogou o Evento Big Blind Ante. O que pensa da estrutura?
Acho bem bom, já tinha jogado bastante torneios assim, porque começou nos High Rollers e é uma tendência mundial eu acho, né? Tem alguns problemas, principalmente quando a gente fala de jogo short stack, quando você está em early position e vai ser o big, vai perder dois blinds e não só um. Então muda uma coisinha, mas acho que a vantagem é muito maior, porque o objetivo do jogo ao vivo é aumentar a jogabilidade e jogar mais mãos por hora. Então não tem coisa melhor do que trocar o ante pelo big blind ante ou button ante, o que quer que seja.

Agora você está jogando o torneio 6-Max. Você gosta do formato?
O 6-Max é 8 ou 80, ou ele é muito mais difícil, ou muito mais fácil. Quando você joga com jogadores muito bons, acaba sendo complexo demais, porque todo mundo é bom, vai jogar ranges maiores, então você fica em situações mais complexas e de maior variância. Porém, como a gente está na WSOP, que tem muitos recreativos e amadores, acaba sendo um torneio que você consegue impor mais a sua técnica, porque tem mais botões, mais cut offs. Você consegue jogar com um range maior e os amadores têm dificuldade de jogar com range grande.

A cobertura do SuperPoker na WSOP é patrocinada pelo Bodog e conta com o apoio do H2 Club e do BSOP. Clique aqui para abrir sua conta no Bodog.