Nesta quinta-feira (31), o craque Yuri Martins fez uma surpreendente revelação nas redes sociais: o jogador irá disputar o Poker Masters. O evento é uma das principais séries high stakes, disputada no Aria Casino em Las Vegas.
A série contará com dez torneios no cronograma, com buy-ins entre US$ 10.000 e US$ 100.000. Além da forra nos eventos, o grande campeão do Poker Masters levará US$ 100 mil e o Purple Jacket.
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Vale lembrar que o curitibano é o principal destaque do poker brasileiro em 2019. O profissional conquistou o primeiro bracelete da carreira, o sexto da história do país, foi o melhor representante verde e amarelo no Main Event e também terminou no topo da classificação brasileira no WCOOP (World Championship Of Online Poker), a maior série do poker online.
Logo após o anúncio, o jogador deu uma entrevista exclusiva para o SuperPoker falando sobre os planos para a série e os fatores que o levaram a disputar este grandioso evento. Confira:
Como surgiu a ideia de disputar o Poker Masters?
A ideia surgiu graças ao ano espetacular, que graças a Deus eu tive na WSOP. Como todo mundo sabe, nós pagamos 30% de imposto em cada torneio que jogamos, mas no final do ano dá para conseguir restituição e você paga só sob o lucro. A restituição seria o prejuízo que você teve.
Como eu paguei muito imposto, esses torneios acabam sendo um freeroll. Fazendo uma análise rápida, se eu tenho pago US$ 100 mil de impostos, sob o lucro mesmo, se eu jogar um torneio de US$ 10 mil nos Estados Unidos durante esse período e não fizer um ITM, eu recupero esses US$ 10.000. Então, acaba sendo uma viagem meio que freeroll, por isso estou indo jogar lá. O field do Poker Masters é difícil, se não fosse esses impostos, não sei se optaria por jogá-los.
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Você irá jogar todos os torneios? Como foi a preparação para montar a grade?
Vou jogar de quatro a cinco torneios, os de US$ 10.000 irei jogar todos, e, talvez, um de US$ 25.000. O restante só seu eu for muito bem ou melhor, vamos pensar positivo, quando eu for muito bem. Vou jogar o de NL Hold’em, Pot-Limit Omaha, 8-Game e o quarto evento será Big Bet, que envolve NL Hold’em, PLO e 2-7 Single Draw NL.
Sendo um jogador com dedicação maior ao poker online, ir para este evento mostra uma pequena mudança? Sua presença em grandes eventos live será mais constante?
Não que o meu foco vá se tornar o poker ao vivo, viajar para jogar todos os high rollers, afinal eu não tenho interesse nisso agora, porque tenho família, filho muito pequeno e por isso não interesso em viajar todo o circuito. Mas sim, tenho jogado bem mais caro na internet e me programado para jogar esses eventos live, que são caríssimos.
Até hoje eu não tinha viajado para jogar tanto justamente por isso. No ano que vem, estou muito afim de dar um foco especial ao poker live e participar de vários eventos. Um que com certeza irei jogar é o PokerStars Players Championship em Barcelona, Las Vegas mais uma vez, mas agora para jogar a série toda mesmo, algo que eu nunca fiz. Vou jogar desde o primeiro dia, no final de maio, até o final de julho.
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Você é o primeiro brasileiro que vai à Las Vegas disputar uma série high stakes. Acha que sua atitude pode encorajar mais profissionais irem no futuro próximo?
A galera que joga high stakes no Brasil é bem inteligente e sabe que por pagarmos muito imposto, esse não é um sonho de torneio. O field é difícil, buy-in caro e muito imposto, isso faz o evento não valer muito a pena, porém vou inspirar aqueles que ganharem muito dinheiro na WSOP, por exemplo. Acho que a galera terá esse insight, vou dar a dica, para aqueles que jogam high stakes no Brasil, e, talvez, acabem jogando o Poker Masters.
Quanto os resultados recentes no live e no online te motivaram a tomar essa decisão?
Além dos resultados, algumas pessoas me incentivaram a ser um pouco mais agressivo em relação ao meu bankroll e os torneios que eu jogo. Foram duas pessoas em específico, o primeiro que eu tive uma conversa em Las Vegas no ano passado, o Christopher Kruk, o “Aphoteosis92” do online, e o João Simão, que tenho conversado bastante com ele e me colocou essa pilha para jogar mais caro.
Está edição terá mais eventos Mixed Games em comparação com as anteriores. Isso também foi um fator?
Certamente. Eu já iria para o Poker Masters mesmo se fosse apenas NL Holdem, mas agora meu olho brilhou quando vi a grade, pois as chances aumentam muito. No Hold’em, os jogadores que estarão lá são os caras que jogam todos os high rollers, são muito bons, mas no Mixed Games não sei o quanto eles se dedicam.
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Pode ser que alguns sejam muito bons, mas no Mixed Games temos muito mais chances de ter um ROI grande. No NL Hold’em tudo pode acontecer, acho até que tenho um ROI positivo, não muito grande, e estou muito animado para jogar os mixeds.
Apesar da série acontecer nos Estados Unidos, nenhum americano levou o título de jogador da série. Qual a expectativa em trazer o “Purple Jacket” para o Brasil?
É um pouco distante o sonho, mas é óbvio que ali no meu subconsciente eu já plantei essa sementinha. Então, é torcer para que eu runne bem no início, nesses eventos que vou jogar, para que eu consiga jogar mais torneios e se tornar uma bola de neve: se ganhar, jogar outro e assim vai, quem sabe ganhar o purple jacket.
É difícil, porque os caras jogam tudo e o Main Event é de US$ 100 mil. Se o evento principal fosse mais barato, as chances seriam maiores, tem que forrar uma boa grana pra valer a pena jogar esse torneio, tem que pagar muito imposto.
O SuperPoker irá trazer todas as informações de Yuri Martins no Poker Masters. Fique ligado.
