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Yuri Martins e Dan Cates representaram dois extremos de postura na WSOP
Yuri Martins e Dan Cates representaram dois extremos de postura na WSOP

Além de super dedicado e extremamente habilidoso nas mais diversas modalidades de poker, Yuri Martins é conhecido pela postura irretocável nas mesas. Mais difícil do que enfrentar o craque nos torneios é encontrar alguém que critique suas atitudes e comportamento. No caso de Dan Cates, a história é bem diferente.

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Ainda que o norte-americano tenha deixado claro seu grande conhecimento de poker na vitória “back-to-back” no Poker Players Championship da WSOP, suas atitudes foram, para dizer o mínimo, erráticas. Jogando fantasiado desde o primeiro dia, o “Jungleman” resolveu assumir um personagem, falando sem parar, usando frases desconexas e deixando claro que estava ali não só para jogar poker, mas para tentar dar um show.

Nas redes sociais, as opiniões foram divididas entre críticas a Cates e exaltações da “diversão” gerada. Em seu Instagram, Yuri comentou a situação, deixando claro que a parte “performática”, se pode ser chamada assim, de Cates na FT não o incomodou. “Não vejo problema algum no personagem. Dá um pouco de vergonha alheia, mas eu não tenho nada a ver com isso”.

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A parte criticada pelo profissional brasileiro foi as atitudes que, de fato, atrapalharam o andamento do torneio. “Fazer questão de não postar o ante todas as mãos, atrasar o andamento do jogo, chegar atrasado de todos os breaks achando que todos tem a obrigação de esperar o tempo dele, sem respeitar as regras do torneio. O mais bizarro foi a direção realmente esperar e ele conseguir o que queria. Isso é atitude de criança mimada e egocêntrica.”

Yuri também enfatizou que não foi afetado pelas atitudes do adversário, fato que ficou claro para quem assistiu a decisão. “E eu me pergunto de onde as pessoas tiraram que aquele personagem poderia afetar o psicológico de alguém?”, escreveu. “Acho que qualquer uma da FT só sentiu vergonha alheia e nada mais”. Em post na sequência, o brasileiro também esclareceu: “Parece que eu saí falando sobre o ele porque eu quis ou porque estava incomodado. Eu só falei sobre o assunto porque me perguntaram”.

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Como colocou Yuri, disputar um torneio fantasiado ou encarnando um personagem é escolha pessoal de cada um. Por outro lado, tomar atitudes que atrapalham o bom andamento do evento vai contra o espírito ético do poker e deveria, idealmente, ter sido coibido pela organização. De resto, fica a certeza de que Yuri seguirá garantindo grandes resultados para o Brasil nas mesas, ao mesmo tempo em que se porta como um cavalheiro e dá exemplo.

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